Ban Ki-Moon volta a pedir a libertação de Mursi, deposto no Egito

O secretário-general da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, voltou a exigir, nesta quarta-feira (7), a liberação do presidente egípcio deposto e detido pelo Exército, Mohammed Mursi, além de convocar um processo real de reconciliação no país norte-africano.

Mursi detido - HispanTV

Durante uma conversação telefônica mantida com o ministro interino de Assuntos Exteriores do Egito, Nabil Fahmi, Ban reiterou seu chamado a liberar Mursi, e fez reafirmou que "um processo político pacífico e sem exclusões é a única solução viável no Egito", segundo um comunicado da ONU.

Mursi segue detido junto com alguns dos líderes de seu Partido da Justiça e Liberdade, associado à Irmandade Muçulmana, desde o passado 3 de julho, quando o Exército egípcio o destituiu de seu cargo, para nomear no dia seguinte o presidente do Tribunal Constitucional Supremo, Adly Mansur, como o presidente interino do país.

O máximo titular da ONU pediu o cessar da violência, assim como a proteção dos direitos essenciais de todos os cidadãos, inclusive a liberdade de expressão e de reunião.

Ban, finalmente, instou os líderes do país árabe a não esquecer da sua “responsabilidade na hora de determinar o futuro do Egito”.

As declarações do secretário-geral da ONU foram feitas enquanto milhares de simpatizantes de Mursi realizam manifestações massivas em diferentes partes do Cairo, a capital egípcia, para insistir em suas exigências de restituição do cargo de presidente a Mursi.

Enquanto os partidários e opositores de Mursi seguem medindo forças das ruas, a comunidade internacional convoca os egípcios à reconciliação nacional e a colocar um fim aos conflitos que já deixaram um número elevado de mortos e feridos.

Fonte: HispanTV
Tradução da redação do Vermelho