Autoridades libanesas acusam Israel de envolvimento em atentado

Os altos cargos libaneses condenam o atentado terrorista desta quinta-feira (15) no subúrbio da capital, Beirute, que deixou 24 mortos e mais de 300 feridos. As autoridades dizem acreditar, de forma unânime, ser evidente o envolvimento do regime israelense no ato violento, que aconteceu no sétimo aniversário desde o fim da “Guerra de Julho”, de 2006, de Israel contra o Líbano.

O presidente do Líbano, Michel Suleiman, assegurou que o atentado com um carro bomba, perpetrado nesta quinta (e que teria atingido também uma sede do movimento de resistência islâmica e partido, Hezbolá, em Zahiyeh, ao sul de Beirute), tem as “impressões digitais do regime de Israel”, e buscava “prejudicar a estabilidade e resistência do povo libanês, em particular no sétimo aniversário desde o fim da guerra”.

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O ministro do Interior do Líbano, Marwan Charbel, também ressaltou a cumplicidade do regime israelense nesta agressão, e pediu a cooperação da nação e do Exército libanês para identificar os autores do crime.

O presidente do Parlamento libanês, Nabih Berri, após condenar a tragédia de Zahiyeh, disse que este crime só favorece ao regime de Israel, que busca semear o caos no país.

O novo primeiro-ministro libanês, Tamam Salam, e o ex-primeiro-ministro Saad Hariri condenaram o atentado, qualificando-o de um “crime espantoso”. Por sua parte, Salam urgiu o apoio às forças de segurança.

O presidente de Israel, Shimon Peres, respondeu às acusações dizendo estar “chocado” por tê-las ouvido do presidente libanês, Suleiman, de acordo com a emissora libanesa Al-Manar.

Com agências,
Da redação do Vermelho