Explosão em Beirute mata 24 enquanto tensões políticas aumentam
Ao menos 24 pessoas morreram em uma explosão no subúrbio da capital do Líbano, Beirute, de acordo com fontes governamentais, em declarações dadas nesta sexta-feira (16). O ministro interino da Saúde Ali Hassan Khalil informou que 336 pessoas ficaram feridas após a explosão de um carro bomba, nesta quinta (15) à noite, no bairro de Roueiss, que é densamente habitado.
Publicado 16/08/2013 09:15

O ministro interino do Interior, Marwan Charbel, disse à emissora de rádio Voz do Líbano que ninguém tinha sido detido até então. Um grupo militante obscuro reivindicou a autoria da ação.
“Precisamos de cerca de 48h para ter uma imagem mais clara”, disse Charbel nesta manhã de sexta, e informou que uma investigação já está sendo conduzida para a coleta de evidências.
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O Supremo Conselho de Defesa do Líbano reúne-se nesta sexta (que o primeiro-ministro de partida, Najib Mikati, declarou um dia nacional de luto) para discutir a situação securitária do país.
A Agência Nacional de Notícias libanesa relatou que o Ministério da Saúde ainda estava no processo de identificação dos cadáveres. De acordo com um jornalista da agência, ao menos sete pessoas ainda estão desaparecidas.
O primeiro-ministro designado Tamam Salam classificou a explosão de um “ato bárbaro”, ao ter como alvo civis inocentes, assim como a segurança, estabilidade e unidade nacional do Líbano. Ele convocou o povo libanês a mostrar coesão e solidariedade, de acordo com a agência de notícias.
Nos últimos meses, o subúrbio de Beirute tem sido alvo de vários ataques. Em 9 de julho, véspera do Ramadã, uma explosão deixou 53 pessoas feridas. Um grupo rebelde que atua no conflito da Síria, denominado Brigada das Forças 313, reivindicou a responsabilidade pelo ataque.
A situação interna da Síria, que vive um conflito armado há mais de dois anos, foi motivo de preocupação crescente pelo governo e povo libaneses, com a influência direta que a política interna do país vizinho tem no Líbano. Além disso, um grupo islamista libanês já afirmou enviar combatentes para a Síria, em uma “jihad” contra o presidente sírio Bashar Al-Assad.
O Líbano também passa por momentos de instabilidade política devido à reconfiguração do governo, assentado em acordos frágeis para uma unidade nacional.
Com informações do portal Al-Akhbar,
Da redação do Vermelho