Assembleia discute pauta de reivindicações de jornalistas

Os jornalistas empregados em jornais e revistas do Ceará se reúnem em assembleia nesta quarta-feira (21) para aprovar a pauta de reivindicações dos profissionais de veículos impressos no Estado. Para subsidiar a construção da minuta, que será debatida a partir das 18h30, na sede do Sindjorce, a diretoria está aplicando nas redações um questionário no qual a categoria apontará as reivindicações consideradas prioritárias pelo segmento.

As redações do Diário do Nordeste e O povo foram as primeiras a serem visitadas, na última sexta-feira (16/08). A consulta foi dividida em cinco blocos, estando no primeiro a definição sobre o valor do piso salarial, com três propostas: a primeira corresponde ao piso nacional defendido pela FENAJ, no valor de seis salários mínimos (R$ 4.068,00), a segunda equivale ao piso salarial dos jornalistas de rádios e tevês do Estado (R$ 1.910,00) e a terceira propõe um índice de 13% de reajuste (R$ 1.804,61), correspondente a reposição da inflação mais ganho real.

Levando em conta que 48% da renda do trabalhador são gastos com alimentação, a pergunta do segundo bloco é "como reduzir o custo dessa despesa?", com três opções de resposta: concessão de R$ 220,00 por mês em vale refeição (22 vales de R$ 10,00), vale alimentação para uso em supermercados, açougues e mercadinhos ou ainda a concessão mensal do valor da cesta básica do Dieese.

Constantes ataques a profissionais exigem resposta das empresas

No terceiro bloco, cujo tema é saúde e segurança, os jornalistas terão várias opções de cláusulas, que vão desde a exigência da adoção de um protocolo de segurança pelas empresas, adicional de insalubridade e protetor solar, até a cobertura de despesas médicas em caso de acidente de trabalho. "Tendo em vista as pesquisas recentes mostrarem o adoecimento físico e mental, além de constantes ataques aos jornalistas no exercício profissional, este debate está na ordem do dia", enfatiza a presidente do Sindjorce, Samira de Castro.

No quarto bloco, o tema é incentivo à qualificação, com três propostas: gratificação de 10% a 50% do salário conforme título obtido pelo profissional, auxílio universitário no qual as empresas arcam com a metade das despesas com cursos de pós-graduação, mestrado e doutorado, ou a criação de um fundo constituído por 1% do salário-base de cada jornalista pago pelas empresas.

No último bloco, os jornalistas poderão optar por cláusulas como licença maternidade de seis meses, isonomia salarial entre homens e mulheres na mesma função, abono de falta para acompanhar parente idoso em tratamento de saúde, vale cultura mensal no valor de R$ 50,00 e pagamento de 100% de hora extra aos profissionais que trabalharem em 7 de abril, Dia do Jornalista.

Profissionais vão apontar reivindicações prioritárias

Ao final do questionário, os profissionais terão um campo em branco para sugerir outros itens que considerem importante constar na pauta de reivindicações. "A novidade da campanha salarial 2013/2014, a primeira desta nova gestão, é que os jornalistas vão intervir diretamente no processo de construção da pauta de reivindicações do segmento, apontando as cláusulas que consideram prioritárias para a categoria", afirma a diretora de Ação Sindical, Wanessa Canutto.

As respostas colhidas nas redações dos jornais O Povo, Diário do Nordeste, O Estado e Aqui CE serão sistematizadas pela equipe de assessores do Dieese e submetidas à aprovação na assembleia do dia 21 de agosto.

Fonte: Sindjorce