Agência da ONU contabiliza 30 mil sírios refugiados no Curdistão

O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) informou que o número de refugiados sírios que chegam ao Curdistão, no norte do Iraque, ultrapassou a marca de 30 mil pessoas, de acordo com as informações transmitidas nesta terça-feira (20), pela página oficial da ONU. Entre elas estão 2,1 mil crianças, segundo a mesma fonte.

Crianças sírias - ACNUR

O Fundo das Nações Unidas para as Crianças (Unicef, na sigla em inglês) informou que ao menos 2,1 mil crianças estão no grupo de refugiados, contabilizados nesta semana.

Muitas delas caminharam até cinco horas para cruzar a fronteira, e foram diagnosticadas com desidratação e exaustão. Na manhã desta terça-feira (20), até 3 mil sírios estavam esperando para entrar no país vizinho.

Várias agências da ONU informaram que estão enviando caminhões com alimentos, abrigos temporários e material de higiene para os sírios. Um porta-voz do Acnur disse que a fuga se tornou um novo êxodo.

Desde Genebra (Suíça), Dan Mc Norton disse que essa é a maior saída de sírios do país já vista desde o início do conflito entre os grupos armados e as forças oficiais do governo da Síria, em março de 2011.

Muitos refugiados contaram ao Acnur que estavam fugindo de bombardeios, mas também da violência entre grupos armados e rivais em terra.

A Organização Internacional para Migrações, OIM, disse que recebeu a ajuda do governo local do Curdistão, no norte do Iraque, para transportar 18,5 mil refugiados nos últimos dias.

Ao todo, o número de refugiados sírios nos países vizinhos já chega a 1,9 milhão de pessoas. O Unicef acredita que metade sejam crianças.

O Governo da Síria tem apelado para a assistência dos seus aliados à situação humanitária extrema no país, resultante da violência intensificada, apesar das suas conquistas recentes em termos territoriais, com a recuperação do controle de importantes regiões do país, que serviam até de rotas para a recepção de armamentos enviados por vizinhos e países do Ocidente aos grupos rebeldes.

No processo, a população tem demonstrado cada vez maior apoio ao Governo constitucional da Síria, não só por sua legitimidade, mas também pela escalada da violência em que os grupos armados estão envolvidos, e de que se vê vítima.

Com informações da ONU,
Da redação do Vermelho