PC da Síria: Resistência derrubará monarquias reacionárias árabes

O secretário-geral do Partido Comunista da Síria, Ammar Bagdach, em uma entrevista concedida em Roma junto com o dirigente da Rede dos Comunistas, Sergio Cararo, declarou que se a Síria resistir à agressão imperialista que o país é submetido, cairão várias monarquias reacionárias, porque será evidenciado aos olhos das massas populares que existe uma outra alternativa.

"É um motivo do raivoso apoio da CIA aos bandos de milhares de criminosos salafistas, que a partir de Saraievo, Paris, Tchetchênia e Urumqi assolam o país de Hafez al-Assad", assinalou.

O dirigente comunista sírio afirma que as medidas liberais tomadas pelo governo de Bashar al-Assad em 2005, ao criar desigualdades, exclusão e pobreza, favoreceram as condições para que a Irmandade Muçulmana, um grupo fascista islâmico, recrutassem elementos descontentes entre as camadas sub-proletárias, sobretudo no campo.

Ammar Bagdach afirmou que, diferentemente do Iraque e da Líbia, onde o poder se sustentava em uma camada estreita da população, principalmente as tribos e grupos sunitas do centro do país em torno de Bagdá e Tikrit, no caso iraquiano, e as tribos dos Warfala no caso líbio, na Síria há uma ampla camada popular que dá apoio ao governo. "Somente com a ação do exército, o governo da Síria não conseguiria resistir", assinala.

Os comunistas trabalham com governo do Baas desde 1966 e o dirigente afirma que no 5º Congresso do Partido, foram tomadas posições sobre o governo iraniano em função de sua posição ante o imperialismo e que na proposta de uma Frente Internacional contra o Imperialismo, o Irã é um aliado.

Fonte: Diario Octubre