Vinte e duas pessoas são presas durante protestos na Colômbia

Segundo informações divulgadas pela polícia, pelo menos 22 pessoas foram presas durante a greve agrária que aconteceu na última segunda-feira (19) na Colômbia. Apesar disso, durante uma coletiva de imprensa, o ministro de Interior da Colômbia, Fernando Carrillo, assegurou que a situação “está sob controle”.

Vinte e duas pessoas são presas durante protestos na Colômbia - EFE

Ele pediu aos manifestantes para “isolar” aqueles que querem usar a violência. “Se há concentrações pacíficas vamos garantir o protesto social”, disse Carrillo citado no jornal colombiano El Tiempo. De acordo com ele, o governo rechaça a violência e os bloqueios e, por isso, convida o povo “a denunciar infiltrações de grupos armados”.

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No balanço feito pelo diretor da Polícia Nacional, general Rodolfo Palomino, consta que as detenções foram efetuadas depois que grupos de manifestantes furaram os pneus de caminhões e outros veículos, na tentativa de obstruir a passagem.

Vinte pessoas foram detidas na estrada que comunica as cidades de Tuluá e Buga, no departamento (equivalente a Estado) de Valle do Cauca. Os outros dois manifestantes presos estavam na via que leva de Bogotá à Tunja.

Apoio das Farc

O diretor da polícia acrescentou em sua declaração que em algumas zonas de protesto foram vistas bandeiras das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), que apoiaram a greve agropecuária.

Em uma declaração lida perante a imprensa pouco antes do início das mesas de diálogo pela paz, em Cuba, na última segunda-feira (19), o chefe negociador do grupo guerrilheiro, Ivan Márquez, pediu “que não se criminalize o direito ao protesto social".

O líder também afirmou que espera que o "costume" do governo de identificar "toda manifestação de insatisfação social e popular" com as Farc não dê motivo para "tratamentos violentos" contra os setores grevistas.

O protesto foi convocado há dois meses pelo movimento Dignidade Cafeteira, que agrupa um setor dos produtores de café do país. Outros sindicatos se uniram à greve, assim como caminhoneiros e trabalhadores da saúde. Os grupos reivindicam mais atenção e ajuda do governo.

Continua a greve nacional

Nesta terça-feira (20), estudantes e outros sindicalistas se juntaram aos protestos para seguir com o segundo dia de paralisações no país.

"Respeitamos o protesto social como parte da democracia, mas não permitiremos que serviços de saúde sejam interrompidos durante a jornada” anunciou o presidente colombiano Juan Emanuel Santos via Twitter.

Da redação do Vermelho,
Com informações da Télam e do jornal El Tiempo