Trabalhadores da saúde realizam greve de 48 horas no Chile

A Federação Nacional de Trabalhadores da Saúde (Fenats) do Chile decretou greve de 48 horas a partir desta quarta-feira (21), para exigir que as autoridades considerem a atenção à saúde como um bem social e um direito da cidadania.

Segundo anunciou o presidente da Fenats, Oscar Riveros, informou ao diário eletrônico La Nación que de maneira inédita se somará à cidade nortista de Taltal, em Antofagasta, onde se espera que a população local se incorpore à jornada de protestos.

Riveros insistiu em que a saúde no Chile está em crise, e deu como exemplo duas mortes ocorridas nos últimos dias por falta de atendimento, uma delas de um cidadão que se lançou do quarto andar do hospital San Juan de Dios da capital, Santiago, porque se negavam a operá-lo.

A outra morte foi a de um paciente do Correio central, que chegou ao hospital com fortes dores no estômago sem ser atendido oportunamente.

Riveros esclareceu que a greve tem também a intenção de pedir aos candidatos à Presidência da República e ao Parlamento para as eleições de novembro próximo, que considerem a saúde como um bem social e um direito, e considerem que o setor necessita do apoio de uma reforma tributária, assim como o setor da educação.

"Não é possível que continuemos tendo hospitais que não têm insumos, pessoal, especialistas, infraestrutura, tecnologia de ponta. A crise é não só na emergência, mas é generalizada em todos os hospitais do país", enfatizou o dirigente.

O dirigente sindical disse que nas assembleias da categoria os sindicatos vão dizer que os trabalhadores não são os responsáveis pela falência do sistema de saúde.

A jornada de protestos inclui a realização de marchas e outras manifestações em várias cidades do país na quinta-feira (22).

Prensa Latina