TV síria revela: armas químicas foram usadas pelos terroristas
A emissora estatal de televisão síria exibiu um diálogo entre dois indivíduos, um deles pertencente aos bandos armados que tentam derrubar o governo e um outro no Egito, em uma conversa sobre o ataque com armas químicas por parte dos qualificados no Ocidente como rebeldes.
Publicado 23/08/2013 16:58
A gravação divulgada na noite da quinta-feira (22) permitiu escutar um terrorista que se identifica como integrante do denominado Batalhão dos Mártires de Biyada, que atua na província central de Homs, enquanto conversa com um homem que reconhece sua nacionalidade saudita, mas que mora no Egito.
O terrorista explicou ao saudita que fugiu da área de Biyada por um túnel, depois de um ataque do Exército Árabe Sírio, para o povoado de Dar Kbeereh, e que precisava de dinheiro para comprar armas com as quais poderia atacar a cidade de Homs.
O homem no Cairo pediu ao extremista mais detalhes e informação sobre o grupo ao qual pertence, uma entidade composta por uns 200 terroristas armados.
O infiltrado começou então a relatar as ações de seu batalhão e enfatizou em um ataque com armas químicas na região de Deir Baalabeh, depois do qual acrescentou que só precisava de dinheiro.
Outra chamada telefônica divulgada pela emissora também revelou o momento em que dois terroristas coordenavam a procura de duas granadas com gás sarín no distrito de Barzeh, na periferia de Damasco.
As revelações ocorrem em momentos em que recrudesce a campanha que pretende responsabilizar o governo sírio pelo suposto uso de armas químicas contra a população civil.
Há dois dias, grupos terroristas culparam o Exército de um suposto ataque com material tóxico em Ghouta Oriental, província de Damasco Campo, fato desmentido pelas autoridades e qualificado como manobra para justificar uma invasão militar contra o país.
Desde o domingo (18) encontra-se na capital síria uma delegação da ONU que, convidada pelo governo, pesquisa as acusações sobre uso de armas químicas em três pontos do território nacional.
Especialistas militares explicam que dado o avanço ofensivo das Forças Armadas contra os mercenários e radicais islâmicos, não faz sentido empregar agora tal tipo de armamento, além de um suicídio político que serviria de bandeja para o pretexto de uma agressão estrangeira.
A Rússia qualificou o fato de "calúnia que só pretende fazer naufragar o trabalho da comissão à qual Síria ofereceu plenas facilidades para efetuar suas investigações".
Com informações da Prensa Latina