Danny Glover sobre Hugo Chávez: "não era só amigo, era meu irmão"
O ator estadunidense Danny Glover disse, durante uma entrevista ao jornal costarriquenho La Nación, que chorou quando o “amigo” e ex-presidente venezuelano Hugo Chávez morreu. O protagonista dos filmes Máquina Mortifera (1987) e Predador 2 (1990) está na Costa Rica para participar do 3º Festival de Cinema Afro.
Publicado 30/08/2013 11:04
A entrevista foi publicada na quarta-feira (28) e realizada durante a madrugada, no voo que levou Glover ao país latino-americano. Segundo conta o jornalista Alexandre Sanchez, “ele estava cansado, mas quando escutou a palavra política e o nome de Hugo Chávez, suas pupilas se abriram e ele rapidamente voltou à vida”.
O ator, que já interpretou Nelson Mandela na TV (1987), é conhecido também por suas lutas de caráter social. Glover afirmou ao jornal que, hoje, a desigualdade social é um dos grandes problemas do mundo, especialmente nas comunidades afrodescendentes.
Segundo ele, “a principal falência de todas as pessoas excluídas está na educação e nas oportunidades. Sem dúvida o principal problema é a desigualdade social”.
Ao ser questionado sobre quais são as suas principais bandeiras, ele afirmou que sua militância política é uma atividade de índole social que permite a ele expressar e lutar por suas ideias. Glover disse também que sua visão de vida é herdada de seus pais: “do meu pai herdei a humildade e, da minha mãe, herdei a paixão”.
A veia política do ator o aproximou do comandante da Revolução Bolivariana, Hugo Chávez, quem Glover disse considerar “um grande homem”. Sobre a sua relação o ex-presidente, ele fez questão de ressaltar: “não era só meu amigo, era meu irmão”.
“É difícil que exista um líder como Chávez atualmente. Sua visão humana e de mundo só posso comparar com a de Mandela. Chorei sua partida”, disse Glover que comentou também a as críticas à sucessão do governo venezuelano, com Nicolás Maduro: “as críticas são normais, é uma democracia e sempre haverá detratores”.
Por último, o ator mencionou sua posição sobre o possível ataque dos EUA à Síria: “é terrível”. Segundo ele, “é preciso analisar o tema do ponto de vista do Oriente Médio”.
Théa Rodrigues, da redação do Vermelho,
Com informações do jornal La Nación da Costa Rica