Brics preocupado com lentidão na recuperação da economia
A presidenta Dilma Rousseff se reuniu nesta quinta-feira (5), antes da abertura da 8ª Cúpula do G20 (que engloba as 20 maiores economias mundiais), com os líderes do grupo Brics (Brasil, Rússia, Índia e África do Sul), em São Petersburgo (Rússia). Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores, Itamaraty, informou que os líderes demonstraram “preocupação” com o ritmo “lento da recuperação” da economia mundial.
Publicado 05/09/2013 20:03
“Os líderes registraram a continuidade do ritmo lento da recuperação, da alta taxa de desemprego em alguns países e da persistência de desafios e vulnerabilidades na economia global, em particular nas economias avançadas. Acreditam que as principais economias, inclusive as do G20, poderiam fazer mais para impulsionar a demanda global e a confiança do mercado”, diz o texto.
A 8ª Cúpula do G20 ocorre hoje e amanhã (6) tendo como foco o crescimento econômico e medidas para estímulo de emprego e renda. Na reunião, o Brics indicou preocupação com políticas monetárias denominadas “não convencionais” adotadas por economias desenvolvidas que prejudicam os emergentes.
“[Os líderes] enfatizaram que a eventual normalização dessas políticas monetárias precisa ser calibrada de modo efetivo e cuidadoso e claramente comunicada”, diz a nota. No texto, o Brics também lamenta a demora na execução da reforma do Fundo Monetário Internacional (FMI), aprovada em 2009, e que ainda não foi colocada em prática.
“Os líderes do Brics também manifestaram sua preocupação com a estagnação do processo de reforma do Fundo Monetário Internacional. Recordaram a necessidade urgente de implementar a Reforma de Quotas e Governança de 2010 do FMI, assim como de concluir a próxima revisão geral das quotas até janeiro de 2014, conforme acordado na Cúpula do G20 em Seul [Coreia do Sul] a fim de assegurar a credibilidade, a legitimidade e a eficácia do fundo”, diz o texto.
Em relação ao Banco Brics, os líderes do bloco disseram que houve avanços nas negociações relativas à estrutura de capital, composição, participação acionária e governança. O banco contará com capital inicial, mantido por todos os países do Brics, no valor de US$ 50 bilhões.
Fonte: Agência Brasil