Colombianos esperam grande mesa de diálogo pelo fim da greve

A greve nacional agrária na Colômbia resiste há 18 dias, enquanto o governo segue na busca de alternativas para frenar a situação que é crítica no sul do país. Nesta quinta-feira (5), as autoridades conseguiram negociar com o setor dos transportadores, que reclamavam o alto preço dos combustíveis.

Após 9h de reunião, a ministra do Transporte, Cecilia Álvarez, e os caminhoneiros chegaram a um acordo. Ficou decidido, então, que o preço do diesel será congelado por três meses no país. O presidente da Associação Colombiana de Caminhoneiros (ACC), Pedro Aguilar, confirmou a notícia em sua conta pessoal no Twitter: “A partir deste momento retomamos nossas atividades, se levanta a paralização dos caminhoneiros”.

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Também houve acordos parciais nas mesas de negociação em Tunja, com setores agrícolas. Segundo o jornal colombiano, El Tiempo, o governo irá restringir a importação de pera, tomate, batata, leite em pó, feijão, ervilha e queijo. O ministro da fazenda, Maurício Cárdenas, propôs ainda ampliar os recursos do pressuposto geral de 2014, destinado às famílias camponesas que atravessam uma situação difícil há duas décadas.

Contudo, isso não é suficiente para conter a paralização, que mantém a tensão com o governo de Juan Manuel Santos. O presidente colombiano segue com a proposta de criar um “pacto nacional agrário” com o objetivo de criar uma política agrária que permita superar décadas de atraso.

Assim mesmo, agricultores de 12 regiões decidiram não participar da iniciativa. Os representantes da Coordenação Nacional Agrária manifestaram que Santos está negociando com uma parcela dos grevistas e que eles não foram convocados para o pacto.

“Se o governo está interessado que nos diga para que e como é a metodologia, nós seguimos esperando para discutir em uma grande mesa de negociação”, disseram os representantes durante uma coletiva de imprensa.