Irã: Os EUA podem cair em um atoleiro se atacarem a Síria 

Os Estados Unidos cairão em um "atoleiro político" se lançarem um ataque contra a Síria, advertiu nesta quinta-feira (5) o secretário do Conselho do Discernimento do Sistema da República Islâmica do Irã, Mohsen Rezai.  

“Várias guerras da história começaram por um pequeno incidente, mas logo se perdeu o controle e se estenderam a outras partes do mundo… Uma possível intervenção militar na Síria, inclusive se for limitada, acarretará diversas consequências durante muitos anos”, assinalou Rezai. 

De acordo com o político iraniano, as autoridades estadunidenses têm esta “errônea” e “perigosa” percepção de que as chamas de uma guerra contra a Síria não se estenderão a outros países da região, como o Iraque ou o Egito.

"Com o prolongamento da guerra, se poderia formar uma espécie de solidariedade humanitária e islâmica na região e no mundo que pode transformar a Síria no atoleiro político em que os EUA vão cair e do qual não possam sair durante muitos anos”, argumentou.

Rezai manifestou sua esperança de que a opinião pública na Europa e nos EUA evite um novo "aventureirismo" de seus governos e se salvem milhares de soldados de participar em uma guerra que também poderia causar graves danos para as personas inocentes da Síria.

Sobre os objetivos de Washington para atacar a Síria, Rezai afirma que os EUA buscam por um lado fortalecer sua presença no Oriente Médio, rica em petróleo, e por outro lado sabotar a influência da China, do Irã e da Rússia na região, além de salvar o regime israelense perante a frente da resistência e o “despertar islâmico”.

Enquanto os EUA continuam buscando aliados para atacar a Síria, a comunidade internacional adverte sobre as sequelas de tal medida que poderia estender-se a outras regiões.

Quase a metade dos países membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) se negaram a participar na agressão militar contra a Síria. Inclusive, o Reino Unido, um dos aliados principais dos EUA, se viu obrigado a não acompanhar Washington em seu eventual ataque pela negativa de seu Parlamento.

Hispan TV