Venezuela e Guiana esperam que ONU resolva disputa territorial

Em um claro contraponto ao governo dos Estados Unidos, que esta semana decidiu invadir a Síria sem o apoio das Organizações das Nações Unidas (ONU), os presidentes venezuelano, Nicolás Maduro, e da Guiana, Donald Ramotar, declararam que esperarão um posicionamento da ONU para resolver o impasse sobre a disputa territorial de Esequibo.

Os presidentes da Venezuela, Nicolás Maduro, e da Guyana, Donald Ramotar, pedem que ONU resolva o conflito territorial

Caracas e Georgetown mantêm essa disputa há mais de 50 anos pela zona "Esequiba", um território rico em recursos minerais, de aproximadamente159.500 quilômetros quadrados, atualmente de posse da Guiana.

Por sua vez, em uma entrevista à TV, o chanceler venezuelano, Elías Jaua ratificou a intenção do seu governo de esperar por uma decisão do oficial designado pela ONU, Norman Girvan, para resolver a contenda. "Se há algo que afeta nossa soberania, recorreremos à ONU, não iremos invadir a Guiana porque um governo bolivariano não faz esse tipo de coisa", ressaltou Jaua, que também destacou a iniciativa dos dois países de manterem convênios de cooperação bilateral.

Ele reiterou que, hoje, a América Latina é uma das poucas regiões de paz do mundo e que a Venezuela seria um motor fundamental dessa conquista, "pois as diferenças são resolvidas pela via pacífica, democrática e do direito internacional".

Aproveitando a entrevista, Jaua enalteceu a cooperação do governo colombiano na investigação sobre supostos planos de assassinar o ex-presidente da Venezuela, Hugo Chávez, que teria o ex-presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, como um dos mentores. Este em parceria com oposicionistas ao regime chavista estariam conspirando contra o governo venezuelano, no intuito de desestabilizar o país.

Fonte: Adital