Assad refuta acusação dos EUA sobre o uso de armas químicas

O presidente da Síria, Bashar al-Assad, negou ter alguma responsabilidade no emprego de armas químicas contra civis, segundo acusam os opositores e os Estados Unidos. Em entrevista a uma rede de televisão, Assad disse que “não há provas” de que seu governo tenha usado de tal artifício.

Presidente da Síria Bashar Al-Assad - AFP/Getty Images

“Não existe nenhuma evidência de que nós tenhamos usado armas químicas contra o nosso próprio povo”, disse o mandatário ao repórter Charlie Rose, da PBS e CBS News.

Os Estados Unidos supõe que as forças de Assad mataram 1429 pessoas com gases letais no dia 21 de agosto, nos subúrbios de Damasco. Washington acusa o governo do país árabe de violar as normas da Organização das Nações Unidas (ONU). 

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O governo norte-americano utiliza isso como desculpa para uma intervenção militar na Síria. Ao mesmo tempo em que Barack Obama cobra de Assad o respeito às normas da ONU, ele reitera que o ataque ao país do Oriente Médio independe da resposta favorável desta organização.

Autoridades sírias afirmam que os supostos ataques são obraa dos mercenários que se opõe ao presidente Assad.

Lobby norte-americano

O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, tem feito lobby para tentar aprovar uma ação militar contra Assad durante negociações com a União Europeia e com ministros das Relações Exteriores da Europa.

A Casa Branca admite não ter provas "irrefutáveis", mas afirma que existe um "forte senso comum" de que o regime está por trás do ataque de agosto.

Nesta segunda-feira (9), em Londres, Kerry disse que os EUA só não atacarão a Síria se o ditador Bashar al-Assad entregar suas armas químicas no prazo de uma semana. A declaração foi dada após encontro com o chanceler britânico, William Hague.

O Congresso americano vai debater, também nesta segunda, a autorização para uma intervenção militar na Síria. Os parlamentares estão voltando do recesso de verão para discutir a resolução proposta pelo presidente Obama, que tem escopo limitado.

Da redação do Vermelho,
Com informações das agências de notícias