Farc declaram apoio aos antiterroristas cubanos presos nos EUA
A delegação de paz das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia-Exército do Povo (Farc-EP), que está reunida com representantes do governo colombiano em Havana, capital de Cuba, declarou solidariedade com a causa dos antiterroristas cubanos presos nos Estados Unidos há 15 anos.
Publicado 10/09/2013 12:27
Os integrantes do grupo insurgente chegaram ao Palácio de Convenções de Havana com uma fita amarela – símbolo eleito para a jornada de manifestações contrárias à prisão arbitrária dos "Heróis Nacionais de Cuba” – amarrada ao corpo, indicando apoio à causa pela libertação dos cinco agentes da inteligência cubana presos em 1998.
Gerardo Hernández, Ramón Labañino, Antonio Guerrero, René e Fernando González foram condenados em Miami por conspiração para espionar, conspiração para assassinar, entre outras acusações. “Os Cinco”, como são conhecidos, foram sentenciados nos EUA a largas e severas penas, inclusive perpétuas.
“[A faixa amarela] indica que nós aderimos à causa dos antiterroristas", explicou o membro da guerrilha, Andrés París. Nos EUA, o adereço marca a espera por alguém que está longe e foi imortalizado na canção popular "Tie a Yellow Ribbon Around the Old Oak Tree" (amarre uma fita amarela ao redor da velha árvore de carvalho).
A delegação insurgente se soma as atividade da jornada mundial “Cinco pelos Cinco” que se iniciou no dia 5 de setembro e se estenderá até 6 de outubro.
Dentre os condenados, apenas René González, regressou a Cuba, após cumprir 13 anos de cárcere e um período de liberdade provisória. Em uma alocução transmitida pela TV nacional cubana, o antiterrorista pediu que os cubanos usassem as fitas amarelas no próximo dia 12, para a ocasião do décimo quinto aniversário da detenção de seus companheiros.
Segundo ele, trata-se de “uma mensagem do povo cubano ao povo norte-americano, através de um símbolo de carinho que eles consigam compreender em seu idioma”.
Negociação de paz
O governo colombiano e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia-Exército do Povo (Farc-EP) negociam pelo fim do conflito desde outubro de 2012. Desde segunda-feira (9), as partes discutem o segundo ponto da agenda – a participação política dos membros da guerrilha.
Da redação do Vermelho,
Com informações da Prensa Latina