Sessão homenageia aniversário do Instituto Steve Biko

O Instituto Cultural Steve Biko comemorou 21 anos de existência com uma sessão especial na Câmara dos Vereadores de Salvador, na noite da quarta-feira (10/9). A história de luta, inclusão social e educacional promovida pelo Instituto, surgido dentro do Movimento Negro da capital baiana, angariou aplausos dos convidados que prestigiaram a comemoração, entre os quais, a ministra Luiza Bairros, da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República (Seppir-PR).

Para a ministra Luiza Bairros, “a Biko retoma a capacidade de olhar para frente, projetando um futuro melhor”. A atividade legislativa foi presidida pelo vereador Sílvio Humberto (PSB) e prestigiada pelo secretário Estadual de Promoção da Igualdade Racial, Elias Sampaio, de vereadores, entre eles, Aladilce Souza (PCdoB), pela chefe de Gabinete da Secretaria Estadual do Trabalho, Olívia Santana, dentre outros.

História

Inicialmente uma cooperativa de professores que tinha o objetivo de preparar alunos negros para o ingresso nas universidades, o Instituto Steve Biko tornou-se uma referência na luta pelo fortalecimento de ações afirmativas para a igualdade racial.

O vereador Sílvio Humberto, um dos fundadores da Steve Biko quando ainda era estudante de Economia da UFBA, lembrou da trajetória do Instituto. “Lembro que a Steve Biko surgiu nos jardins da faculdade de Ciências Econômicas da UFBA por iniciativa de militantes do movimento negro que notavam o pequeno número de estudantes negros”, comentou.

Na ocasião, a vereadora de Salvador, Aladilce Souza (PCdoB), parabenizou o vereador Silvio Humberto pela iniciativa e elogiou as comemorações do instituto.

Ativista

Steve Biko foi um conhecido ativista do movimento anti-apartheid na África do Sul durante as décadas de 60 e 70 .Por conta de sua forte atuação, ele chegou a ser preso e proibido de realizar discursos. No dia 11 de setembro de 1977, o ativista foi assassinado.

Biko sofreu na pele a violência da discriminação racial. Foi preso e acorrentado às grades de uma janela, antes de sua morte. Agredido fisicamente, sofreu traumatismo craniano. Mas sua força para lutar, mobilizar e encorajar a população negra em um período nebuloso e violento, entrou para a história do mundo.

De Salvador,
Ana Emília Ribeiro
Com informações da Sepromi