Assembleia Geral da ONU inaugura 68ª sessão nesta terça

Nesta terça-feira (17) se inicia a 68ª Sessão da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). A sessão anterior foi encerrada nesta segunda (16), com uma declaração abrangente do seu presidente, Vuk Jeremić, embaixador da Sérvia na organização. A reunião dos Chefes de Estado na Assembleia Geral terá início na segunda-feira (23).

Antígua e Barbuda - ONU

O presidente eleito para a 68ª Sessão da Assembleia Geral da ONU iniciada nesta terça foi o embaixador de Antígua e Barbuda (arquipélago situado entre o mar do Caribe e o Oceano Atlântico), John W. Ashe.

Como é tradição desde a primeira Assembleia Geral, que aconteceu em 1947, o Brasil abrirá o debate geral, na terça-feira (24), de acordo com informações divulgadas pela ONU.

Em nota publicada em sua página oficial, a organização informa que a sessão concluída nesta segunda encerra um ano de avanços e falhas, “com a adoção do primeiro tratado global sobre o comércio de armas entre os sucessos, e a inação perante a tragédia síria entre as falhas”.

A Assembleia Geral adotou, nas últimas ações da sessão, sem votação, cinco resoluções e duas decisões. O presidente de partida, Vuk Jeremić (Sérvia), pediu mais atitude em desafios globais, inclusive para o desenvolvimento sustentável, enfatizando que agora é “o último momento” para definir um curso em direção a um futuro mais seguro, próspero e sustentável. “Não haverá segunda chance, nenhuma próxima vez, nenhuma repetição”, ele sublinhou, de acordo com a nota da assembleia.

Jeremić enfatizou outras conquistas nesta 67ª sessão, mas enfatizou a questão síria como uma grande falha, e pediu o empenho na realização de uma conferência internacional de paz sobre o conflito no país (já acordada entre os EUA, a Rússia e a própria Síria, mas rechaçada pela oposição ao governo do presidente Bashar al-Assad).

A 68ª sessão da Assembleia, iniciada nesta terça, deve centrar seus trabalhos iniciais sobre este tema, e a reunião dos Chefes de Estado, na semana que vem, acontece em momento crucial para o plano acordado sobre as armas químicas da Síria, quando o governo comprometeu-se a enviar à ONU uma lista sobre o seu arsenal, no âmbito do seu compromisso com a assinatura da convenção sobre a proibição desse recurso.

Além disso, a 67ª sessão repassou à seguinte a discussão sobre o projeto intitulado “Extensão do processo intergovernamental da Assembleia Geral para o fortalecimento e aumento do funcionamento efetivo do sistema de tratados de direitos humanos”, inserido em uma questão quem vem sendo debatida recorrentemente pelas assembleias, sobre a eficiência e os procedimentos da ONU em matéria de direitos humanos.

Na semana de debates gerais, discursos como o do presidente Barack Obama e o do presidente da República Islâmica do Irã, Hassan Rouhani, estão previstos para o dia 24 de setembro.

Já o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, anunciou nesta terça (17) que adiou o seu discurso para o dia 1º de outubro, para encontrar-se com Obama em Washington. O presidente estadunidense recusou-se a encontrar com o presidente iraniano, entretanto.

Rouhani havia proposto uma reunião com Obama, em mais uma demonstração de esforço diplomático, mas não foi correspondido, apesar de o governo dos EUA ter refletido expectativas de uma melhora das relações com o país persa após a eleição do novo presidente.

Entre as reuniões específicas de alto nível se destaca o debate sobre o desarmamento nuclear, no dia 26 de setembro, conforme decisão da sessão anterior.

Cada um dos 193 Estados-Membros da Assembleia tem um voto. As votações realizadas sobre questões designadas importantes, como recomendações sobre a paz e a segurança, a eleição dos membros do Conselho de Segurançae do Conselho Econômico e Social (ECOSOC) e as questões orçamentárias exigem uma maioria de dois terços dos Estados-Membros, e outras questões são decididas por maioria simples, mas nos últimos anos tem sido feito um esforço para que os membros cheguem a um consenso sobre as questões.

Com informações da ONU,
Moara Crivelente, da redação do Vermelho