Começa a análise das armas químicas da Síria

A Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ) anunciou neste sábado (21) que começou a análise da declaração de armas químicas da Síria, como parte do plano negociado entre os Estados Unidos e a Rússia, a fim de pôr tais armas sob controle internacional com vistas à sua eliminação final.

O organismo de controle de armas químicas fez este anúncio um dia depois de receber informação inicial do governo sírio sobre seu programa de armas químicas. 

A OPAQ, encarregada da aplicação da Convenção sobre Armas Químicas, assegurou que sua Secretaria Técnica está estudando a informação proporcionada pelo governo de Damasco.

O informe está “sendo estudado por nossa divisão de verificação”, indicou o porta-voz da OPAQ, Michael Luhan, por meio de um comunicado.

O organismo sediado em Haia (Holanda) também disse que não publicará os detalhes referentes às armas da Síria.

Na sexta-feira (20), a OPAQ anunciou que tinha adiado a reunião prevista para o domingo, que tinha como objetivo discutir o plano da Rússia e dos Estados Unidos.

Moscou e Washington conseguiram em 14 de setembro último em Genebra, Suíça, um acordo para eliminar o arsenal de armas químicas da Síria em meados de 2014.

Este plano, acolhido pelo governo do presidente sírio, Bashar al-Assad, foi apresentado durante uma reunião mantida anteriormente em Moscou, capital russa, entre os chanceleres russo e sírio, Serguei Lavrov e Walid al-Moalem, respectivamente, com o objetivo de evitar um possível ataque dos Estados Unidos contra o país árabe.

Os Estados Unidos e alguns de seus aliados, baseando-se em informes da autodenominada Coalizão Nacional para as Forças da Oposição e da Revolução Síria (CNFORS), adotaram uma retórica belicista contra a Síria, sob o pretexto do suposto uso de armas químicas por parte do exército do país árabe, acusação que foi categoricamente rechaçada pelo governo sírio.

Hispan TV