Rússia insiste em solução política para o conflito sírio

O chanceler russo, Serguei Lavrov, reiterou nesta segunda-feira (23) durante uma reunião com seus pares da Organização do Tratado de Segurança Coletiva (OTSC) a preocupação de Moscou por implementar logo o diálogo político entre as partes em confronto na Síria.

Preocupa-nos a situação na Síria, não só pelas consequências negativas para a região, mas também por sua repercussão prejudicial em todo o sistema do Direito Internacional, defendeu o ministro russo de Assuntos Exteriores.

Lavrov insistiu em ponderar o caminho de uma saída negociada na solução do problema das armas químicas, e expressou a vontade de Moscou de apoiar os esforços da comunidade internacional nesse sentido.

Com o acordo do controle internacional desses arsenais sírios e sua posterior destruição, pactuado em 14 de setembro em Genebra com os Estados Unidos, a Rússia conseguiu deter a iminente agressão de Washington contra o país árabe.

No roteiro desse projeto figura que a Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) elabore o plano correspondente, o qual deverá ser aprovado para sua execução pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Moscou discrepa dos Estados Unidos e seus aliados ocidentais na posição destes últimos de tentar impor resoluções pelo uso da força contra a Síria.

Ao referir-se, por outro lado, à segurança dentro da OTSC, Lavrov propôs aos países aliados fortalecer a cooperação, em particular pelos riscos derivados do Afeganistão, onde depois da ocupação por tropas de Washington e da Otan a produção de narcóticos se multiplicou.

O titular das relações exteriores da Rússia destacou a importância da reunião da OTSC para a Rússia, que assume a presidência temporária até 2014 dessa organização, integrada por Armênia, Bielorrússia, Cazaquistão, Quirguistão, Rússia e Tadjiquistão.

Aspiramos a desenvolver um trabalho sério para fortalecer as relações com os aliados em matéria de política exterior e cooperação militar para reforçar o potencial da OTSC em face das novas ameaças, concluiu Serguei Lavrov.

Prensa Latina