Celac: é preciso avançar para um mundo livre de armas nucleares

A Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), durante a 68ª Assembleia Geral das Nações Unidas, fez um chamado à comunidade internacional contra o uso de armas nucleares e à destruição total e geral destes artefatos de guerra.

É uma necessidade urgente avançar para a meta de desarmamento nuclear", afirmou Bruno Rodríguez

Na primeira reunião realizada pela Assembleia Geral para tratar da questão do desarmamento nuclear, o chanceler cubano, Bruno Rodríguez, representante do bloco, declarou que "os Estados membros da Celac reiteramos nossa profunda preocupação diante da ameaça para a humanidade que representa a existência de armas nucleares e seu possível uso ou ameaça de uso. É uma necessidade urgente avançar para a meta de desarmamento nuclear".

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Para a comunidade que congrega 33 países da região, a ameaça ou o uso destes artefatos constitui um crime contra a humanidade e uma violação do Direito Internacional e da Carta da ONU.

A entidade propôs que o mais breve possível seja negociado e adotado um instrumento universal juridicamente vinculante sobre o tema e que seja criado um cronograma multilateral, transparente, irreversível e verificável para erradicar o perigo. Defendeu ainda a proibição de testes nucleares e o direito inalienável de que os estados desenvolvam energia nuclear para fins pacíficos.

Rodríguez também destacou a contribuição da Celac que é a “primeira área densamente povoada do mundo que se declarou como zona livre de armas nucleares”, por meio do Tratado de Tlatelolco, nome dado para o Tratado para a Proibição de Armas Nucleares na América Latina e o Caribe, firmado em 1967.

Durante seu discurso na Assembleia da ONU, a presidenta da Argentina, Cristina Kirchner denunciou, no entanto, que o Reino Unido rompe o equilíbrio regional ao militarizar o Atlântico Sul enviando submarinos nucleares para as Ilhas Malvinas, território reivindicado pela Argentina, mas que é mantido sob domínio colonial do Reino Unido.

O presidente do Irã, Hasan Rohani, também enfatizou a necessidade do desarme nuclear e lembrou que o Oriente Médio trabalha há quase quatro décadas para estabelecer uma área livre de armas nucleares e lembrou que Israel é a única nação que resiste a assinar o Tratado de Não Proliferação e exortou o governo israelense a firmar o acordo.

Da Redação do Vermelho,
Vanessa Silva, com agências