Chanceler chinês propõe cooperação com países caribenhos

Os coordenadores nacionais da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac) iniciaram nesta quinta-feira (25), em Nova York, sua sexta reunião com uma agenda que inclui os preparativos para os próximos fóruns do bloco integracionista de 33 países. O grupo também se reuniu com o chanceler da República Popular da China, Wang Yi, para impulsionar a cooperação internacional com as nações caribenhas.

Assembleia Geral da ONU - ONU

Sob a presidência rotativa exercida por Cuba, os coordenadores também analisam o relatório de Havana sobre as atividades da Celac nos últimos cinco meses, além das projeções internacionais da organização fundada em dezembro de 2011.

Segundo o programa da reunião, inserida no período de sessões da 68ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), os coordenadores nacionais avaliam as condições para efetuar eventos em outubro sobre Ciência e Tecnologia (no Brasil), Drogas (no Chile) e Energia (na Jamaica).

Também revisam os preparativos para os fóruns sobre gerenciamento integral de riscos de desastres naturais (em Cuba), agricultura familiar (no Brasil), prevenção e luta contra a corrupção (na Bolívia) e Finanças (no Equador).

Outros encontros a serem analisados têm a ver com a educação, as vantagens alfandegárias na América Latina e no Caribe e os mecanismos regionais e sub-regionais de integração, todos já com sede escolhida, mas sem data definida.

Cooperação Celac-China

Representantes da Troika Ampliada, formada pela Costa Rica, Chile, Trinidad e Tobago e China exploraram interesses comuns e acordaram ações de articulação entre as nações, segundo informou a agência Prensa Latina.

Durante o encontro, o chanceler da República Popular da China, Wang Yi, sugeriu a criação de um foro de cooperação com a Celac. Esta seria a segunda reunião entre as nações do bloco regional com o país asiático.

De acordo com Wang, as cooperações sino-latino-americanas correspondem aos interesses de ambos os lados, ajudam a elevar a posição internacional dos países em desenvolvimento, e beneficiam os povos dos dois país e até de todo o mundo.

O presidente chinês, Xi Jinping, visitou três países latino-americanos e reuniu-se com líderes dos oito países caribenhos, enquanto chefes de Estados da região visitaram a China. Os consensos alcançados pelos líderes durantes as visitas indicam uma direção clara para o futuro desenvolvimento das relações entre a China e a América Latina, concluiu Wang.

No contexto mais abrangente do agrupamento Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), a chamada "cooperação sul-sul" tem se desenvolvido intensamente nos últimos anos, e inclui uma projeção mais firme da América Latina no mundo, como parte ou alvo de importantes foros de cooperação internacional.

O bloco integracionista da Celac também prevê para os próximos dias uma aproximação com outras nações e mecanismos regionais, como Japão, Turquia, Coreia do Sul e o Conselho de Cooperação de Países Árabes do Golfo.

Da redação do Vermelho,
Com informações da Prensa Latina, da AVN e da Rádio China Internacional