Guatemala: Arqueólogo descobre cidade maia de mais de 3 mil anos

O arqueólogo americano Brent Woodfill anunciou, na sexta-feira (27), a descoberta de um centro industrial da época pré-clássica na Guatemala. No local, denominado "Salinas de los Nueve Cerros", os maias produziam sal não marinho.

Arqueólogo Greg Schwab analisa as descobertas feitas na região da Guatemala/ Foto: EFE

De acordo com as pesquisas chefiadas por Woodfill, esta foi uma das cidades mais antigas do mundo maia com uma extensão de 30 quilômetros quadrados.

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O arqueólogo explicou, em entrevista coletiva, que os maias daquela época tinham a capacidade de produzir até 24 mil toneladas de sal por ano. A produção era feita através de um procedimento artesanal, ou seja, fervendo a água de um rio que flui de um domo de sal que fica no centro do local.

O arqueólogo disse que o produto era levado para ser comercializado nas terras baixas dos departamentos de Petén e Alta Verapaz (norte), e Chiapas (México), através dos rios Chixoy e Usumacinta.

Salinas de los Nueve Cerros data do período pré-clássico médio cedo (1000 a 800 anos a.C.) e durante o clássico (600 a 900 d.C.) expandiu sua economia não só baseada no sal, mas na agricultura e na exportação de navalhas de obsidiana, comentou Woodfill.

A descoberta mais impressionante do local, destacou, foi uma plataforma artificial de 200 metros de largura por até cem de comprimento e 13 de profundidade, onde se produzia o sal. Também há duas quadras canchas de jogo de bola maia, três pirâmides de oito metros de altura e alguns palácios pequenos, detalhou Woodfill.