Cuba defende diálogo na Síria e condena espionagem dos EUA

O governo cubano afirmou, nesta terça-feira (1º), na Unesco (Organização de Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), que impedir uma agressão contra Síria para fazer prevalecer a paz é a mais urgente prioridade da comunidade internacional e reiterou seu apoio às iniciativas para uma solução negociada ao conflito e denunciou o “escandaloso e indiscriminado” sistema de espionagem em massa dos Estados Unidos, que tem levantado uma onda de repúdio mundial.

"A Síria está na mira, em um Oriente Médio que convulsiona e se dessangra por guerras e conflitos fratricidas atiçados por interesses estrangeiros e um intervencionismo descarnado", disse o representante cubano no Conselho Executivo da Unesco, Juan Antonio Fernández.

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Fernández manifestou o apoio inequívoco de seu país às iniciativas responsáveis que buscam uma solução negociada com pleno respeito à independência, soberania e ao direito à autodeterminação do povo sírio.

A respeito da espionagem, observou que " pouco importa que nos qualifique de aliados ou adversários quando todos somos objeto de vigilância e escrutínio, inclusive das Nações Unidas". Nesse sentido, o cubano expressou seu mais firme apoio à iniciativa apresentada por Brasil para que o Conselho da ONU e a Unesco abordem a questão da "privacidade e a ética na internet".

Educação

Referiu-se também à crise que sofre a Unesco devido ao não pagamento das quotas dos Estados Unidos. Washington suspendeu há dois anos suas contribuições à Unesco, em represália à admissão da Palestina nesse foro como membro de pleno direito.

Com Prensa Latina