Disputa política mantém governo dos EUA suspenso
Nos Estados Unidos, a disputa entre republicanos e democratas está levando o país a uma crise que, na opinião de especialistas, sairá muito caro ao povo, e terá consequências a longo prazo. De acordo com o jornal estadunidense USA Today, que cita o instituto de observação econômica IHS Global Insight, a paralização do governo norte-americano, até esta terça-feira (8), já custou ao país 2,1 bilhões de dólares, uma cifra que continuará aumentando enquanto não houver acordo.
Publicado 08/10/2013 09:12
O mandatário norte-americano qualificou as circunstâncias que vive o país pela paralização governamental, como a “crise manufaturada”, e negou-se a negociar com os republicanos, ao não ser que, segundo suas declarações: “deixem de colocar-nos a espada e a parede”.
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Há votos o suficiente no Congresso para acabar com esta paralização, assegurou o presidente, que insistiu que o presidente da Câmara de Representantes, John Boehner, não quer o fim da suspensão do Governo antes de conseguir outras concessões para além do orçamento federal.
O orçamento deveria ter sido votado até 1º de outubro, quando começou o ano fiscal de 2014, mas a questão está também diretamente relacionada com a reforma do sistema de saúde proposta por Obama (“Obamacare”), à qual os republicanos se opõem.
O presidente estadunidense ressaltou também que se os republicanos, liderados por Boehner, asseguram que não há votos suficientes, então deveriam provar e, para isso, convocar uma votação.
Obama ratificou que negociaria com os republicanos quando o Congresso aprovasse o orçamento para o novo ano fiscal. Até que isso aconteça, setores fundamentais da administração governamental ficam fechados, uma vez que não podem fazer pagamentos.
O governo já está em sua segunda semana de paralização, que afeta mais de 800.000 funcionários federais e provoca a suspensão de diversos serviços.
O presidente da Câmara de Representantes, John Boehner, por sua vez, mostrou sua disposição para dialogar com Obama, mas acusou o presidente de colocar o país em risco na insistência por não negociar temas como o aumento do teto da dívida, já em 16,7 trilhões de dólares, alcançados ainda no começo do ano.
Da redação do Vermelho