Audiência pública debate Situação de Comunidades Indígenas no RS
A Assembleia Legislativa do RS realiza nesta quarta-feira (16) uma audiência pública para debater a situação das comunidades indígenas no Rio Grande do Sul.
Publicado 14/10/2013 16:57 | Editado 04/03/2020 17:09
A atividade, proposta pelo Deputado Raul Carrion e mais dez parlamentares gaúchos, ocorre na sala Adão Pretto (Assembleia Legislativa, 101, térreo), a partir das 9h30min.
De acordo com Carrion, além de medidas reparatórias, é urgente que se debata e encontre-se solução para uma enorme gama de dificuldades que hoje essas comunidades enfrentam em nosso Estado. "A garantia a terra, a preservação de sua cultura, a garantia a escolaridade de suas crianças e a assistência à saúde, são alguns dos pontos cruciais que temos a obrigação de encaminhar soluções, freando a tendência que hoje se observa de diluição das comunidades indígenas e do legado de sua cultura", diz Carrion.
Os indígenas auto-declarados compõem atualmente 0,4% da população brasileira, somando cerca de 897 mil indivíduos. No Rio Grande do Sul, 0,3% da população se declara indígena. A contribuição dos povos indígenas das Américas para a humanidade é inestimável em vários ramos da cultura, medicina, farmacologia, hábitos de higiene, agricultura, culinária e na preservação do meio ambiente, área em que o índio é o precursor, pois não sobrevivia fora de um ambiente equilibrado, dependendo dos seus frutos para a própria existência.
A região que hoje forma o Rio Grande do Sul, na época do Descobrimento do Brasil, era habitada pelos índios minuanos, charruas e caaguaras, que aqui chegaram há mais de 12 mil anos. Os povos indígenas no Brasil englobam um total de 305 etnias que habitam ou habitaram o território brasileiro, cujas raízes remontam às Américas anteriores à chegada dos europeus a este continente, em torno de 1500, quando sua população perfazia aproximadamente 5 milhões de pessoas.
"Diante das dívidas históricas com a população indígena, que, primeira ocupante deste território, sofreu e sofre, já por cinco séculos, a colonização de outras etnias, principalmente européias, se justifica a adoção de medidas reparadoras, que contribuam para a garantia dos direitos destas populações", afirma o parlamentar comunista.
De Porto Alegre,
Isabela Soares