Milhares de pessoas participam da Parada LGBT no Rio

Milhares de pessoas participam no domingo (13) da 18ª Parada do Orgulho LGBT (sigla para lésbicas, gays, bissexuais e transexuais) na Praia de Copacabana, na zona sul do Rio. Uma imensa bandeira arco-íris, símbolo da luta pelos direitos dos homossexuais, foi estendida na Avenida Atlântica. Trios elétricos animaram a passeata. 


Milhares de pessoas participam da 18ª Parada do Orgulho LGBT (sigla para lésbicas, gays, bissexuais e transexuais) na Praia de Copacabana, na zona sul do Rio / Fernando Frazão / Agência Brasi
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O décimo quinto e último carro da parada contou com 50 ritmistas da Mangueira que animarão o público ao lado de drag queens e passistas da escola de samba.

Uma das principais reivindicações referem-se a criminalização da discriminação por orientação sexual, o famoso PLC [Projeto de Lei da Câmara] 122. Também fizeram parte o reconhecimento da união civil entre pessoas do mesmo sexo e a lembrança dos aproximadamente 4,9 mil homossexuais que sofreram violência homofóbica em 2012. A Parada contou com 15 trios elétricos.

A bandeira com as cores do movimento LGBT tem 124 metros e pesa meia tonelada. Serão necessárias 300 pessoas para carregá-la. Julio Moreira, presidente do Grupo Arco-íris, afirma que a Parada Gay tem sua função política e que duas pautas importantes serão colocadas em questão neste domingo. “A primeira é a necessidade de una lei que legitime o casamento civil entre homossexuais. Conseguimos a união estável no STJ, mas alguns juízes ainda impedem que o casamento civil aconteça. Precisamos de uma lei que amarre isso”, disse Julio.

Julio também ressalta a importância da criminalização da homofobia. “A gente precisa de uma lei que agregue ao crime o motivo homofobia. A lei vem como instrumento de conscientização. Com a lei a pessoa pessoa sabe que pode pagar criminalmente por isso”, reforçou.

Para o presidente do Grupo Arco-íris, existe um cuidado para que a parada seja um movimento político e cultural, mas também não vê como algo negativo quando alguém diz que a parada” se carnavalizou”.

“Durante muito tempo os homossexuais estavam nos bastidores da cultura, no teatro, no carnaval. E agora somos protagonistas”, finalizou.

Fonte: Site da UJS