Conferência de diálogo sobre a Síria pode acontecer em novembro
Após vários meses de negociações para estabelecer-se uma data para a conferência internacional sobre a guerra na Síria, intitulada Genebra 2, o vice-primeiro-ministro para Assuntos Econômicos da Síria, Qadri Jamil informou, nesta quinta-feira (17), que a reunião deve acontecer em 23 e 24 de novembro. Jamil deu declarações na Rússia, onde está nesta semana.
Publicado 17/10/2013 11:07
A Conferência Internacional Genebra 2 será um seguimento à primeira reunião, realizada há mais de um ano, e é outra iniciativa diplomática da Rússia e dos Estados Unidos, embora o país norte-americano tenha se empenhado mais seriamente em um discurso de agressão, com a ameaça de uma intervenção imperialista.
Foto: AFP
O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, e o chanceler russo, Serguei Lavrov,
dão declarações em uma coletiva de imprensa em Genebra, na conclusão de um acordo
sobre o arsenal químico da Síria.
O encontro conta com o respaldo da Organização das Nações Unidas (ONU) e de diversos líderes mundiais individuais, e é considerado a última oportunidade para colocar à mesa as partes implicadas no conflito sírio, que já dura dois anos e meio.
Desde maio deste ano, a Casa Branca e o Kremlin negociam uma data para a conferência. Embora novembro seja o período mais provável para a sua realização, ainda há a possibilidade de um adiamento para dezembro, dada a dificuldade de convencer os grupos armados sobre a sua participação e sobre a possibilidade de êxito.
O governo do presidente sírio, Bashar Al-Assad, tem se demonstrado comprometido com os diálogos desde o início da crise, propondo diversas vezes um processo de negociação política interna, sem a interferência estrangeira.
Entretanto, o apoio internacional aos grupos armados, através de financiamento, armas, e apoio político tem sido determinante, já que dá aos rebeldes a impressão de poder para rechaçar a proposta do governo sírio de sentar à mesa de negociações.
Arsenal químico
Entre as medidas mais recentes de demonstração de comprometimento está a recente adesão do governo sírio à Convenção sobre a proibição de Armas Químicas, um dos passos propostos pelo acordó impulsionado pela Rússia, em acordo com os Estados Unidos, assim como o início da destruição do arsenal químico e da capacidade de produção de armas químicas no país.
A Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) revelou nesta quarta-feira (16) que a sua equipe inspecionou 11 locais de armazenamento de armas químicas na Síria, e seis desses locais já foram destruídos pelo governo sírio.
Além disso, também o material relacionado com a utilização de armamento químico foi destruído. A investigação cooperativa entre os peritos da entidade e o governo da Síria tem sido bem sucedida, realçou a Opaq.
Com agências,
Da redação do Vermelho