Maduro manda recado para Morales no "Dia da Dignidade" da Bolívia

O mandatário venezuelano, Nicolás Maduro, saudou nesta quinta-feira (17), através do Twitter, seu homólogo Evo Morales e o povo da Bolívia pelo dia Dia da Dignidade Nacional. A Bolívia comemora o fim da repressão policial ordenada em outubro de 2003 pelo então presidente Gonzalo Sánchez de Lozada – que fugiu do país- para neutralizar manifestantes que protestavam pela decisão do Governo de exportar gás aos Estados Unidos.

Nicolás Maduro e Evo Morales - Agência Pulsar

"Há 10 anos a burguesia neoliberal da Bolívia massacrou ao povo para impor seu pacote do FMI (Fundo Monetário Internacional), hoje a Revolução Boliviana de Evo avança!", escreveu em seu perfil virtual o mandatário.

O presidente boliviano, Evo Morales, pediu aos cidadãos do país que se lembrem sempre dos acontecimentos de outubro de 2003, que acabaram com o neoliberalismo na Bolívia após a fuga de Sánchez de Lozada.

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Morales presidiu um multitudinário ato de massas na cidade de El Alto, no qual promulgou a Lei do Dia da Dignidade Nacional, em memória das dezenas de mortos e centenas de feridos que a repressão policial deixou durante o chamado outubro negro.

"Não devemos esquecer nunca esse dia histórico. Para alguns é um dia de luto, mas para outros, ainda que com mortos, (é um dia) de esperança", e pediu àqueles que participaram daqueles acontecimentos que socializem o que viram naquele momento e nos 20 anos de governos neoliberais.

Morales também resgatou a memória daqueles que se levantaram durante anos para defender suas posições, entre eles os cívicos de Potosí, contrários a que as multinacionais se apropriassem das megajazidas de lítio do salar de Uyuni, os professores para evitar uma reforma educativa ou os cocaleros em defesa do cultivo dessa planta milenária.

"Essa longa luta de 20 anos culmina no 17 de outubro (de 2003), quando escapam os neoliberais, e estamos recordando essa luta de todos o movimento sociais", finalizou.

As revoltas do dia 17 de outubro foram motivadas pela determinação do presidente Sánchez de Lozada de vender gás aos Estados Unidos por portos chilenos, quando esse combustível era escasso no mercado interno.

Da redação do Vermelho,
Com informações da Prensa Latina