Líbano critica Liga Árabe por dar assento sírio à oposição

O chanceler libanês, Adnan Mansur, considerou um “grande erro da Liga Árabe” a cessão do assento sírio à Coalizão Nacional das Forças da Revolução e Oposição Síria (CNFROS) na organização. Em declarações à PressTV, nesta quinta-feira (25), Mansur reiterou a posição do Líbano contra a política de ingerência da liga nos assuntos internos da Síria e o apoio à oposição contra o governo do presidente Bashar Al-Assad.

Chanceler do Líbano - Globedia

A Liga Árabe suspendeu a Síria como membro ainda em 2011, mas em suas últimas conferências, outorgou o assento do país à coalizão que alega representar a oposição ao governo de Assad, uma medida rechaçada por outros membros, como o Líbano e o Iraque.

Na iminência da realização da Conferência de Genebra 2 de diálogos internacionais sobre a Síria, o ministro de Relações Exteriores libanês assegurou também que os opositores que ocupam o assento sírio na organização não podem assistir à reunião como representantes do povo da Síria legitimamente.

O chanceler libanês ressaltou que os opositores devem participar da Conferência de Genebra 2 sem pré-condições, tal como fará o governo do presidente Assad. A coalizão vem se recusando a tomar parte das negociações propostas pelo presidente e por diversos líderes mundiais, já que é respaldada por potências ocidentais e regionais.

Mansur disse esperar que a conferência, cuja primeira rodada aconteceu em junho de 2012, “conclua com bons resultados e que resulte em acordos por uma via diplomática para acabar com a crise” na Síria, desencadeada há quase três anos.

No passado 26 de março, a Liga Árabe concedeu o assento sírio à coalizão, mas a ação foi considerada improdutiva e ilegítima por diversos atores internacionais. Como ressaltado pelo chanceler libanês, além disso, a coalizão não tem legitimidade política para representar o povo sírio.

A celebração da Conferência de Genebra 2 poderia acontecer no fim do próximo mês de novembro, de acordo com os diplomatas envolvidos nas negociações para a sua realização, mas a recusa da coalizão em tomar parte nelas enquanto Assad se mantiver na presidência tem impedido o estabelecimento de uma data.

Com HispanTV,
Da redação do Vermelho