Uribe lança candidato para concorrer com Santos em 2014

Em seu discurso de aceitação, Zuluaga criticou o processo de paz entre o governo de Santos e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). "A paz não é em Havana e da agenda nacional não negociada com as Farc. A paz do país é que nós discutimos os cinco pilares do uribismo", afirmou.

Santos sucedeu Uribe em 2010, após ser seu ministro de Defesa, mas as medidas desempenhadas por seu governo, embora mantivessem o apelo neoliberal e o alinhamento incondicional com os Estados Unidos, desagradaram o ex-padrinho político que passou a fazer oposição criticando o fato de ter se valido dos votos uribistas para depois romper com tais ideais.

As críticas de Uribe contra Santos são, principalmente, na questão do acordo que o mandatário tenta firmar com as Farc. A guerrilha e o governo mantêm há quase um ano os diálogos de paz para tentar achar uma solução pacífica para o fim do confronto que é o mais longo das Américas. Para Uribe, a questão tem que ser resolvida na base das armas.

Tanto que a candidatura de Zuluaga tende a ser focada no combate às guerrilhas no país. Além das Farc, outro grupo insurgente importante é o Exército de Libertação Nacional (ELN).

"O país vai recuperar o que jamais deveria ter perdido, sua liberdade", disse Zuluaga em discurso após o anúncio da candidatura. "Eu convido [Santos] para concorrer à reeleição, para derrotá-lo nas urnas pelas ideias do uribismo."

Para as Farc, o “uribismo” é o maior conspirador da paz, porque “acredita que a única maneira de alcançá-la é derrotando a guerrilha. Já levam 60 anos dizendo que vão acabar com as Farc”, como declarou o porta-voz da força insurgente, Pablo Catatumbo.

Uribe governou a Colômbia de 2002 a 2010, em dois mandatos presidenciais. Não é permitida uma terceira candidatura à Presidência, mas ele anunciou em setembro que concorrerá ao Senado.

Da Redação do Vermelho,
Vanessa Silva, com agências