Teses do PCdoB destacam-se na 4ª Conferência do Meio Ambiente

Entre as bandeiras na defesa do socialismo no Brasil, o PCdoB conta com uma das mais relevantes mobilizações na defesa de uma política de meio ambiente que integre, de forma estruturante, o Novo Projeto Nacional do Desenvolvimento, com foco em mais democracia, desenvolvimento e progresso social.

neio - Divulgação

Foi defendendo esses conceitos que os representantes do partido, das mais diversas regiões do País, destacaram-se durante a 4ª Conferência Nacional do Meio Ambiente (4ª CNMA), realizada pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) entre 24 e 27 de outubro, em Brasília. O principal símbolo dessa intensa participação do PCdoB é o fato de que a carta aprovada no final da conferência contou com a redação proposta pelo camarada Aldo Arantes (secretário de meio ambiente da direção nacional do partido e presidente do Instituto Nacional de Pesquisas e Defesa do Meio Ambiente, www.inma.org.br).

Nossos representantes, todos delegados eleitos nas conferências estaduais – além de autoridades convidadas –, participaram das plenárias da 4ª CNMA de forma a ajustar os conceitos gerais do PCdoB (oriundos das teses do 13º Congresso da legenda), em cada relação mais prática do cotidiano brasileiro. Nesse sentido, no caso da 4ª CNMA, isso explicitou-se na necessidade de encontrarmos as melhores soluções para a gestão de resíduos sólidos, que foi o grande tema da conferência.

Politização na defesa pela Amazônia Sustentável

Dessa forma, tanto nas plenárias quanto em encontros paralelos dos integrantes do partido (nesse caso, articulados pelo Instituto Nacional de Pesquisas e Defesa do Meio Ambiente), as teses do PCdoB estiveram entre as mais bem recebidas, não apenas por serem inovadoras, mas por contarem com um claro e prático projeto de políticas viáveis a serem implantadas.

Além disso, a intervenção organizada do PCdoB politizou o encontro com a moção que propôs a realização de uma Conferência na Amazônia para debater o projeto Amazônia Sustentável. Essa moção contou com o maior número de assinaturas entre as demais.

Nossos camaradas em Brasília puderam abordar com detalhes as teses do 13º Congresso, defendendo o direito ao desenvolvimento (o que implica alteração ambiental), desde que essa iniciativa seja feita com base em novos padrões de desenvolvimento levando-se em conta as questões ambientais e sociais. Na prática, isso compõe a luta em defesa do desenvolvimento sustentável soberano, integrado pelos seus “quatro eixos”, econômico, social, cultural e ambiental.

Não é de se estranhar que a carta final da 4ª CNMA aborda, no que diz respeito à gestão dos resíduos sólidos, muitas das teses do PCdoB, tais como o direito ao desenvolvimento de maneira a erradicar à pobreza e uma melhor distribuição da riqueza, buscando uma sociedade igualitária, justa e soberana.

Energia

Durante a conferência, os camaradas que representaram o partido – entre eles, além de Aldo Arantes, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo; o secretário do Meio Ambiente do Rio Grande do Sul, Neio Lúcio Fraga Pereira; o secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Piauí, Dalton Melo Macambira; a coordenadora da Educação Ambiental da Sema-RS, Gislaine Pacheco; Analia Sanches Dorneles, da Assembleia Legislativa do RS; Pedro Luiz Teixeira de Camargo, militante de Ouro Preto; Augusto Semente, do Movimento em Defesa da Mata do Engenho do Uchôa; Gedson Martins, coordenador de Promoção da Igualdade Racial Prefeitura de Laranjal do Jari; entre outros não menos importantes – também lembraram que a arrancada desenvolvimentista requer bem mais energia.

Nesse sentido, os camaradas firmaram posição com base na tese de que o Estado precisa desenvolver sua tríplice função de produtor de energia, indutor do crescimento energético e regulador, articulando o uso de fontes diversificadas, com o uso das fontes disponíveis e das chamadas “fontes alternativas”. Tudo isso preservando as características de sua matriz atual, das mais limpas do mundo: petróleo (36,7%); hidrelétrica (14,8%); gás natural (9,3%); carvão (6,2%); urânio (1,4%); e biomassa (31,8%).

Fonte: Ascom