Política para mulheres é tema de debate no IESB

O Direito e a Psicologia são duas áreas do conhecimento fundamentais no trabalho realizado pela Secretaria da Mulher.

Em todos os ramos de atuação do órgão, existem profissionais altamente capacitadas (os) para garantir um acolhimento psicológico especializado e a preservação dos direitos das mulheres, sejam elas atendidas ou não pela pasta.

Muitas alunas e alunos percebem, ainda nas cadeiras da universidade, a necessidade de políticas públicas em promoção da equidade de gênero e do enfrentamento à violência doméstica e familiar. Pensando assim, um grupo de estudantes do IESB convidou a secretária Olgamir Amancia para proferir uma palestra sobre esses e outros temas. O encontro ocorreu na noite do ultimo dia 31, no campus da Ceilândia.

Cerca de 80 alunas e alunos participaram da atividade. "A promoção da equidade de gênero e o enfrentamento à violência precisa ser uma luta diária, incessante e articulada entre as instituições governamentais, não-governamentais e a sociedade civil, principalmente ao considerarmos o papel da universidade na construção de uma sociedade democrática", constatou a secretária Olgamir Amancia.

Atuação

A palestrante da noite lembrou que o Estado, desde o governo do ex-presidente Lula, tem cumprido o seu papel e participado de forma ativa nesta tarefa. "Com a criação da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência, em 2003, e a criação da Secretaria da Mulher no DF, em 2011, as cidadãs contam com diversos planos que se traduzem no compromisso do Estado de enfrentar a violência contra a mulher e as desigualdades entre os gêneros", avaliou.

Se antes a ação do Estado se resumia, principalmente, ao enfrentamento à violência doméstica e familiar; hoje, contemplam ações nos campos da educação, do trabalho, da saúde, da justiça, da cidadania, da segurança pública e da assistência social destinados a todas mulheres do Distrito Federal, independentemente da raça, credo ou classe social.

Alessandra da Silva, aluna de Psicologia, destacou que a participação do estado é mesmo imprescindível, principalmente no que se refere ao acolhimento da mulher vítima de violência. "É preciso garantir um trabalho contínuo de atendimento à mulher, seja no campo da psicologia ou em outras áreas. Afinal, é sabido que este problema social não atinge apenas a agredida, mas aqueles que fazem parte do seu convívio", alertou.

Mirela Berendt da Luz, superintendente do campus de Ceilândia, disse que a palestra foi fundamental para mostrar a todas e todos que o problema da cultura patriarcal, da desigualdade de gênero e da violência doméstica perpassam todas as camadas da sociedade. "O interessante é notar que as temáticas abordadas hoje podem ser debatidas em todos os cursos de formação", concluiu.