Avança na ONU luta pela eliminação das armas nucleares

A Primeira Comissão da Assembleia Geral da ONU aprovou nesta segunda-feira (4) um projeto de resolução sobre o desarmamento nuclear, iniciativa apresentada pelo Movimento de Países Não Alinhados (MNA).

O texto, que deverá receber o respaldo na plenária da Assembleia no próximo mês, busca garantir o acompanhamento das ações derivadas da Reunião de Alto Nível sobre Desarmamento Nuclear realizada em 26 de setembro último, na qual se fez um chamamento pela eliminação desse tipo de artefatos de extermínio em massa.

Esse foro promovido por Cuba e acolhido pelo MNA instou a trabalhar em uma convenção que proíba a posse, produção, armazenamento, uso e ameaça de uso das quase 20 mil armas nucleares existentes no planeta, uma parte importante das quais estão prontas para uso.

Na reunião se propôs também realizar antes de 2018 uma conferência mundial que revise os passos dados em função do desmantelamento dessas armas e a instituição do Dia Internacional para a Total Eliminação das Armas Nucleares, em 26 de setembro.

A iniciativa aprovada na Primeira Comissão, a qual se encarrega de temas do desarmamento e da segurança, permitirá dar continuidade aos aspectos apresentados em finais do mês passado, sob a premissa de que a única garantia absoluta para apagar o perigo é a eliminação dos artefatos mortais.

O documento recebeu o respaldo de uma ampla maioria dos países da ONU, e foi rechaçado pelos Estados Unidos e seus aliados ocidentais possuidores de meios nucleares para a guerra. Foi aprovado com 129 votos a favor, 28 contra e 19 abstenções.

Ao intervir no grupo de trabalho da Assembleia Geral, a delegada cubana Yadira Ledesma destacou o compromisso de seu país e do Movimento dos Países Não Alinhados (bloco de 120 nações) com a total erradicação das armas nucleares.

A diplomata cubana também considerou o projeto de resolução um instrumento para mobilizar a comunidade internacional em face do esforço por conquistar um mundo livre de tão grave ameaça.

A arma atômica é “a mais grave ameaça para a segurança mundial” e tem que ser “eliminada antes que elimine a humanidade”, advertiu por sua vez o representante permanente do Irã na ONU, Mohamad Jazai. “A aniquilação total das armas nucleares no mundo não é um assunto voluntário, mas obrigatório, pois é a única via para livrar-se desses armamentos inumanos”, destacou. 

Com Prensa Latina e Hispan TV