Continua sendo hora de fechar a Escola das Américas

Apesar de que, para despistar a opinião pública, o Pentágono decidiu mudar seu nome em 2001 para Instituto de Cooperação e Seguridade do Hemisfério ocidental (Whinsec), para nós, continua sendo a mesma Escola das Américas, a mesma "Escola de Assassinos" que denunciávamos no passado.

Atualmente, na Escola das Américas, continuam promovendo que tudo é válido na luta contra supostos inimigos. E isso é parte do currículo oculto, porque, enquanto dizem que ensinam direitos humanos, aplicam tortura em Guantânamo; realizam execuções extrajudiciais; sequestram em qualquer lugar do mundo. Ao mesmo tempo, instalam bases militares em toda a América Latina; realizam manobras de guerra psicológica, e direitamente, continuam conspirando para provocar golpes de Estado em vários países da região.

A cada ano, uma média de 1.500 soldados latino-americanos são treinados sob a doutrina do Exército dos Estados Unidos, situação que não condiz que as graves violações aos direitos humanos que têm acontecido em toda a América Latina, cometidas justamente por graduados dessa academia militar.

Na última década, a tentativa de golpe de Estado na Venezuela, em 2002, e o golpe de Estado em Honduras, os principais ‘cabeças’ eram graduados da Escola das Américas. Mesmo assim, na Colômbia e em Honduras, os principais "clientes” da Escola das Américas, como de "Cooperação Militar” estadunidense, continuam sendo registradas graves violações aos direitos humanos.

Por essa razão, os governos da Argentina, Bolívia, Equador, Nicarágua e Venezuela decidiram soberanamente retirar suas tropas dessa nefasta instituição. Portanto, é importante que nos mobilizemos para conscientizar sobre os perigos que essa capacitação traz para nossos povos.

*SOA Watch – Observatório da Escola das Américas é um movimento independente e pacífico que trabalha para fechar, sob qualquer nome que tenha, a Escola das Américas do exército dos Estados Unidos.

(Tradução: Adital)