EUA podem rever sanções impostas contra o Irã

Alan Eyre, porta-voz do Departamento de Estado, deu uma entrevista ao jornal “Irã”, em que classificou de positivas as recentes conversações entre o Irã e o G5+1, sobre o programa nuclear persa. A visão corresponde-se com a do governo do presidente Hassan Rohani, que tem dado diversas declarações otimistas.

Segundo as partes, a condução das negociações tem se baseado no “respeito mútuo”, como posto por Eyre. As discrepâncias, disse o porta-voz, limitam-se a diferenças de ponto de vista sobre a forma e as táticas.

Em relação às pressões dos opositores ao acordo nuclear, sobretudo por parte do regime israelense, o diplomata assegurou que a delegação estadunidense nas negociações informará o Congresso sobre a aproximação das posturas entre Irã e os EUA para convencer os parlamentares a reduzir as sanções anti-iranianas.

“O Irã e os Estados Unidos estão certos de que a diplomacia é a única via para eliminar as preocupações de Washington sobre o Irã e outorgar, por sua vez, os direitos nucleares do Teerã, conforme o Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP)”, assinalou Eyre.

Embora usem como pretexto a “ameaça nuclear” persa, os Estados Unidos mantêm sanções politicamente motivadas contra o país desde a Revolução Islâmica de 1979, que derrubou um regime autocrático e monárquico apoiado por Washington.

Além disso, o Irã é membro da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) e signatário do TNP, que garantem o seu direito ao desenvolvimento de um programa nuclear pacífico, com fins energéticos e para a medicina.

A intensificação da diplomacia entre o Irã e o G5+1 dá-se a partir da eleição do presidente Hassan Rohani, que aprofunda a disposição persa ao diálogo e o comprometimento, ao mesmo tempo em que não abre mão do seu direito soberano ao programa nuclear.

Com HispanTV,
Da redação do Vermelho