Autoridade religiosa síria pede unidade nacional

O Grande Mufti da Síria, Ahmad Badr Al-Din Hassoun, conclamou todos os cidadãos do país a comprometer-se com "seus deveres na construção da Pátria" e na "recuperação de suas feridas".

Ao reunir-se com moradores da aldeia Al-Moutras, na província de Tartus, costa mediterrânea, o Muftí Hassoun afirmou que a Síria "abraça todos os seus filhos, inclusive os equivocados, desde que queiram voltar ao caminho certo e comprometer-se com seus deveres e obrigações".

Durante sua reunião com os moradores, enfatizou a necessidade de oferecer conselhos àqueles que têm atuado de maneira incorreta "para que voltem ao seio da Pátria".

Nesse sentido, citou o exemplo dado pelos habitantes de Al-Moutras, que manifestaram, disse, um excelente exemplo de humanidade, de honra, de heroísmo e de paciência ao enfrentar os obscurantistas alheios a esta região.

Já na sede do governo de Tartus, o Grande Muftí da República reuniu-se com 36 pessoas que foram postas em liberdade pelo governo depois de abandonarem as armas e se comprometerem a não realizar atos que afetem a segurança e estabilidade da Síria.

Essa libertação, assegurou, foi feita com o propósito de colocar estes homens no caminho correto, assim como dar-lhes a oportunidade de regenerar-se e pensar no que aconteceu, pois são experiências por meio das quais o ser humano aprende os valores do amor e do diálogo com os demais.

Além disso, em um seu encontro com os clérigos muçulmanos e cristãos no Centro Cultural Árabe em Tartus, o Grande Muftí referiu-se à responsabilidade de todos os cidadãos pelo que aconteceu a seu país, e que pagaram com o preço de seu sangue.

O mais perigoso de tudo isto, enfatizou, é que os sírios não voltem a acender a tocha do amor e da convivência entre eles.

Com relação ao curso da guerra contra os grupos de mercenários e extremistas islâmicos que pretendem derrubar o governo do presidente Bashar Al-Assad, o Muftí Hassoun assinalou que esta se encontra em sua etapa final, evidência disso é que os países hostis à Síria reduziram de 121 para apenas oito Estados.

Fonte: Prensa Latina