Reunião entre Brasil e Rússia intensifica negócios em US$ 10 bi

Nesta quarta-feira (20), o chanceler brasileiro, Luiz Alberto Figueiredo, e o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, reuniram-se para discutir as relações bilaterais e aprofundar a "associação estratégica" entre os dois países.  

Em coletiva à imprensa, Serguei Lavrov afirmou que "o Brasil é o nosso maior parceiro comercial na América Latina. Ambos, planejamos cumprir os acordos dos [nossos] presidentes para aumentar em um futuro próximo o volume de vendas até US$ 10 bilhões". E acrescentou que a Rússia e o Brasil assinaram uma declaração em que se comprometem "a não ser os primeiros a lançar armamento para o espaço".

Durante a oportunidade, os ministros discutiram sobre o programa nuclear iraniano e o conflito na Síria. Lavrov destacou o papel jogado pelo governo brasileiro "na busca de caminhos para reduzir as tensões em torno dessa questão".

Espionagem

Os ministros  comentaram o problema da espionagem americana, tema sensível para o Brasil que reagiu com indignação às notícias de que Washington teria feito escutas nos telefones e no correio eletrônico de Dilma Rousseff. Figueiredo afirmou que a tarefa do Brasil "é garantir a proteção dos direitos humanos fundamentais como o direito à intimidade".

O ministro russo, por sua vez, defendeu a aplicação de regras de "comportamento comum no ciberespaço" e recordou que Moscou propõe "aceitar obrigações de não interferir nas vidas privadas dos cidadãos".

Ao final, o chanceler Figueiredo exprimiu a sua satisfação pela decisão da Justiça russa de conceder a liberdade sob fiança à ativista da Greenpeace Ana Paula Maciel, detida com outros 30 ecologistas na Rússia.

Da Redação em São Paulo
Com informações do Ópera Mundi