Movimento Não Alinhados cumprimenta acordo nuclear Irã-AIEA

O Movimento de Países Não Alinhados (Mnoal) cumprimentou num comunicado divulgado nesta sexta-feira (29) as conversas e o acordo assinado entre o Irã e Organização Internacional da Energia Atômica (AIEA).

Todos os países têm o direito inquestionável de desenvolver e utilizar a energia nuclear com fins pacíficos sem discriminação e dentro de suas obrigações legais, diz o texto.

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A nota pede respeito para as opções e decisões adotadas pelos estados membros do movimento, incluído o Irã, sobre as aplicações pacíficas do domínio da tecnologia nuclear e os ciclos de produção de combustível.

De acordo com fontes oficiais iranianas, o texto foi lido no final de uma reunião da Junta de Governadores da AIEA em Viena, capital austríaca. No início deste mês, a República Islâmica do Irã e o diretor geral da entidade atômica da ONU, Yukiya Amano, acordaram uma folha de rota para a cooperação futura para a solução das questões pendentes entre ambas partes.

Poucos dias depois, delegações do Irã e do G5+1 assinaram um acordo inicial com um semestre de validade, para resolver o diferendo nuclear que os opõe faz uma década, em particular com as potências ocidentais membros permanentes do Conselho de Segurança: Estados Unidos, França e Grã-Bretanha, mais Alemanha, que não integra o órgão.

Rússia e China fazem parte do grupo de membros permanentes do Conselho de Segurança com direito de veto, mas não compartilham as suspeitas de Washington, Paris, Londres e Berlim no sentido de que Teerã deseja possuir armas de extermínio em massa.

O acordo preliminar entre o Irã e as potências foi acolhido com beneplácito pela imensa maioria da comunidade mundial, exceto o Governo de Israel, cujo premiê, Binyamin Netanyahu, reiterou suas ameaças de atacar as instalações atômicas persas.

Porta-vozes no Irã advertiram que semelhante ação terá uma resposta demolidora, ainda que fontes militares deste país tenham dito que não as tomam a sério já que Tel Aviv é incapaz de atacar com seus próprios meios.

Fonte: Prensa Latina