Defesa deve manter América do Sul como área de paz, diz Amorim
Os ministros da Defesa do Brasil, Celso Amorim, e da Argentina, Agustín Rossi, participaram nesta terça-feira (3), da 19ª edição da Conferência Industrial da UIA (União Industrial da Argentina). Ambos defenderam o papel da industrialização na defesa dos países e a necessidade de resguardar a paz na região sul-americana.
Publicado 04/12/2013 13:37

“América do Sul já não é uma realidade geográfica, mas se conforma também como uma realidade política”, avaliou Amorim. "O que queremos na nossa região é uma área de paz e segurança, onde a guerra não é possível. Para isso, precisamos cooperar entre a gente para que haja confiança".
O ex-chanceler defendeu também a criação de um esquema de cooperação que permita uma estratégia de defesa autônoma: "não podemos ser ingênuos. Dizem que os conflitos acabaram, mas existem ameaças. Estados Unidos, Rússia e China têm escassez de recursos naturais, e nós temos de sobra." E ressaltou a importância de se investir na área de defesa cibernética.
O ministro argentino, por sua vez, afirmou que há seis anos seu país vem recuperando fortemente o perfil industrialista do setor: “todos os indicadores dos últimos anos nos mostraram resultados positivos nos diversos aspectos relacionados com a produção industrial vinculada à defesa, já que aumentou os investimentos, assim como também a quantidade de pessoal ocupado”, disse Rossi.
“Hoje a indústria vinculada à defesa está em franco crescimento, depois de ter superado a década de 1990 na qual foram privatizadas 27 empresas dependentes do Ministério da Defesa argentino”, lembrou Rossi.
Com agências