Governantes de China e Cuba ressaltam legado de Mandela

Nesta chuvosa terça-feira (10) na África do Sul, mais de 90 chefes de Estado prestam suas homenagens ao falecido Nelson Mandela, ex-presidente do país e símbolo maior da luta contra a segregação racial no continente africano. O Vermelho destaca algumas falas importantes da cerimônia que acontece no Estádio Soccer City, em Johanesburgo, dentre elas a do presidente de Cuba, Raúl Castro, e do vice-presidente da China, Li Yuanchao.

Governantes de China e Cuba ressaltam legado de Mandela - AP

“Povo irmão da África do Sul, rendemos um emocionado tributo ao irmão Nelson Mandela, que é reconhecido como símbolo da luta revolucionária, da liberdade e justiça, da reconciliação e da paz”, disse o presidente de Cuba, que afirmou ter recebido com grande honra a missão de falar durante as homenagens ao herói sul-africano, que morreu na última quinta-feira (5).

“Mandela é um exemplo insuperável para a América Latina e o Caribe que avançam rumo à unidade e integração em benefício de seus povos, respeitosos de suas diversidades, com a convicção de que o diálogos e a cooperação são o caminho para a solução das diferenças”, disse.

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Raúl Castro lembrou que Cuba brigou contra o regime do apartheid (palavra africâner para segregação racial) na guerra de Angola. “Cuba, que leva em suas veias o sangue africano, surgiu da luta pela abolição e, posteriormente, teve a oportunidade de compartilhar das lutas africanas”, acrescentou.

Ele assegurou ainda que jamais esquecerá a visita de Mandela ao país caribenho em 26 de julho de 1991, quando o ex-presidente sul-africano afirmou que “o povo cubano tem um lugar especial no coração dos povos da África”.

O vice-presidente chinês, Li Yuanchao, também se pronunciou durante o evento que acontece no estádio que foi palco da final da Copa do Mundo de 2010. Yuanchao expressou profundas condolências aos familiares de Mandela e às autoridades de Pretória, em nome do presidente Xi Jinping e do povo da República Popular da China.

O vice-presidente chinês falou sobre contribuição de Madiba – como era chamado carinhosamente – na luta contra a segregação e na fundação de uma nova pátria na África do Sul. “O povo chinês sempre lembrará seu aporte às relações sino-africanas”, disse ele, que agregou que “a China se mantém pronta para trabalhar no aprofundamento da associação estratégica integral bilateral, que beneficie aos dois países e contribua à nobre causa da paz mundial e do desenvolvimento”.

Théa Rodrigues, da Redação do Vermelho,
Com informações do Cuba Debate