Mulheres no mercado de trabalho chegam a 50% na América Latina
Pela primeira vez este ano, os países da América Latina e do Caribe registraram taxa média de 50% de participação feminina no mercado de trabalho. No Brasil, foi registrada uma taxa de participação de mulheres um pouco inferior à média regional – 49,3% –, pouco superior à de 2012 (49%).
Publicado 17/12/2013 23:46 | Editado 04/03/2020 16:15
Entre os países, os que tiveram participação feminina mais baixa no mercado de trabalho em 2013 foram a República Dominicana (37,9%), o Equador (44,2%) e Honduras (44,7%). As mais altas, por outro lado, foram no Peru (64,7%), no Panamá (61,1%) e na Colômbia (60%).
Segundo dados do relatório, a taxa média de participação das mulheres no mercado está relacionada ao comportamento da demanda por mão de obra. Essa taxa é um indicador que expressa a proporção de pessoas de cada gênero incorporadas ao mercado de trabalho como ocupadas. No caso dos homens, a participação total na região chegou a 71,1% entre janeiro e novembro de 2013.
No entanto, de acordo com relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) divulgado nesta terça-feira (17/12), as mulheres ainda são o grupo mais afetado pelo desemprego e pela informalidade. Apesar da melhora, o índice feminino é 35% maior do que o dos homens. Dos cerca de 14,8 milhões de pessoas sem trabalho na região, 7,7 milhões são do sexo feminino (52%).
Quando se cruzam dados sobre mulheres e jovens, contata-se que jovens do sexo feminino são 70% dos desempregados na faixa etária dos 15 aos 24 anos de idade. As estimativas da OIT são de que haja cerca de 6,6 milhões de jovens sem emprego em áreas urbanas da região – dos quais aproximadamente 4,6 milhões seriam do sexo feminino.
Entre 2012 e 2013, o desemprego de trabalhadores do sexo feminino na América Latina e no Caribe teve redução de 7,9% para 7,6%. A taxa de desemprego entre os homens, em contraponto, teve redução menor, passando de 5,7% para 5,6%. Para a OIT, isso demonstra que houve a intensificação da demanda pelo trabalho feminino no período.
De Salvador,
Maiana Brito, com informações da Agência Brasil