Haddad afirma que Fiesp prejudicou saúde e quer lesar SP
"A Fiesp já prejudicou a saúde no país, agora, a mesma Fiesp está querendo prejudicar São Paulo", afirmou Fernando Haddad nesta quinta-feira (19) ao sair de audiência com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, a quem foi entregar recurso contra a proibição do reajuste do IPTU em São Paulo. Haddad defendeu o reajuste no IPTU paulistano, aprovado pela Câmara dos Vereadores, mas barrado com liminar obtida pela Fiesp no Tribunal de Justiça.
Publicado 20/12/2013 04:57
Paulo Skaf, presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, que apresentou ação contra o aumento, dissera antes que a Prefeitura, com o reajuste do IPTU aprovado pela Câmara dos Vereadores, estava dando "uma facada em todos os moradores de São Paulo".
"A Fiesp lutou contra a CPMF. Isso tirou R$ 60 bilhões da saúde. Fez bem para a saúde? Acho que não. Nós economizamos muito pouco individualmente e prejudicamos muito a saúde pública em função do fim da CPMF. Acho que a Fiesp está tentando fazer agora a mesma coisa com a cidade de São Paulo."
Para Haddad, o reajuste progressivo do IPTU aumentou o número de contribuintes isentos, aliviou a taxa do imposto nos bairros mais pobres e fez correções mais acentuadas apenas nas áreas mais nobres da cidade, que foram beneficiadas por uma série de obras. O prefeito afirma ainda que a cidade necessita de mais recursos para assegurar o investimento em melhorias sociais. Skaf afirma que o imposto teve aumento abusivo.
Haddad expôs aos jornalistas seus argumentos apresentados a Barbosa: "Estamos diluindo isso (o reajuste) em 4 anos para que fique leve para todo mundo. Trata-se de um aumento médio de R$ 15 por mês apenas. Todos esses argumentos foram trazidos para o presidente do STF que vai emitir o seu juízo", disse.
Com Brasil 247