Haddad afirma que Fiesp prejudicou saúde e quer lesar SP

"A Fiesp já prejudicou a saúde no país, agora, a mesma Fiesp está querendo prejudicar São Paulo", afirmou Fernando Haddad nesta quinta-feira (19) ao sair de audiência com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, a quem foi entregar recurso contra a proibição do reajuste do IPTU em São Paulo. Haddad defendeu o reajuste no IPTU paulistano, aprovado pela Câmara dos Vereadores, mas barrado com liminar obtida pela Fiesp no Tribunal de Justiça.

Paulo Skaf, presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, que apresentou ação contra o aumento, dissera antes que a Prefeitura, com o reajuste do IPTU aprovado pela Câmara dos Vereadores, estava dando "uma facada em todos os moradores de São Paulo".

"A Fiesp lutou contra a CPMF. Isso tirou R$ 60 bilhões da saúde. Fez bem para a saúde? Acho que não. Nós economizamos muito pouco individualmente e prejudicamos muito a saúde pública em função do fim da CPMF. Acho que a Fiesp está tentando fazer agora a mesma coisa com a cidade de São Paulo."

Para Haddad, o reajuste progressivo do IPTU aumentou o número de contribuintes isentos, aliviou a taxa do imposto nos bairros mais pobres e fez correções mais acentuadas apenas nas áreas mais nobres da cidade, que foram beneficiadas por uma série de obras. O prefeito afirma ainda que a cidade necessita de mais recursos para assegurar o investimento em melhorias sociais. Skaf afirma que o imposto teve aumento abusivo.

Haddad expôs aos jornalistas seus argumentos apresentados a Barbosa: "Estamos diluindo isso (o reajuste) em 4 anos para que fique leve para todo mundo. Trata-se de um aumento médio de R$ 15 por mês apenas. Todos esses argumentos foram trazidos para o presidente do STF que vai emitir o seu juízo", disse.

Com Brasil 247