Trabalhadores paraguaios qualificam 2013 como retrocesso no país

A Central Nacional de Trabalhadores do Paraguai qualificou o ano de 2013 como "de total retrocesso no âmbito trabalhista" e sublinhou o perigo da continuação dessa tendência. Um balanço feito pela central sindical indica que 2013 se caracterizou pelo "notável aumento do desemprego, da pobreza, e também pela falta de reajuste do salário-mínimo dos trabalhadores do país".

Assim o expôs Juan Torales, presidente da organização, que não vacilou em ratificar os grandes retrocessos sofridos pelos assalariados do país em vários aspectos e a negativa oficial a um incremento dos emolumentos vigentes.

O salário-mínimo estabelecido na nação mediterrânea por decreto das autoridades é de um milhão 658 mil 232 guaraníes, aproximadamente 370 dólares, o qual apresenta dois problemas que afetam à massa trabalhadora.

"O primeiro resulta insuficiente, porque o custo da cesta básica nacional ultrapassa em despesas de estrita necessidade essa quantidade, pelo qual se pede um aumento, e o segundo a realidade de seu não cumprimento por numerosas empresas privadas", disse.

Os trabalhadores do setor privado, de acordo às múltiplas denúncias das centrais sindicais, recebem um salário menor e devem aceitá-lo para manter um trabalho que está escasso atualmente, sem possibilidade de fazer prosperar uma denúncia nesse sentido.

Outros pontos negativos foram o aumento da pobreza, a falta de emprego, repressão a manifestantes, falta de liberdade sindical, falta de reforma agrária para a classe camponesa e descumprimento das leis trabalhistas.

Relativo aos 100 dias do novo governo, Torales sustentou que "não há mostras claras de luta contra a pobreza, e muito menos resultados, pelo qual é indispensável a mudança do modelo produtivo, reforma agrária, criação de empregos e liberdade sindical".

Fonte: Prensa Latina