Farc agradecem o apoio ao processo de paz em 2013

 Representantes das Forças Armadas Revolucionárias de Colômbia – Exército do Povo (Farc-EP) disseram, nesta segunda-feira (23) que as demonstrações de solidariedade recebidas de diferentes partes do mundo são fonte de inspiração, estímulo e força moral que multiplica o esforço pela vitória da paz.

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Em saudação pelo final de ano aos povos do mundo, um comunicado assinado pela Comissão Internacional da força insurgente agradece o apoio internacional de organizações sociais e populares.

“A paz com dignidade é o sentimento das maiorias. Paz e Constituinte são hoje as bandeiras que convocam as organizações sociais e movimentos políticos, além das pessoas comuns, na busca por uma alternativa política para a Colômbia”, apontaram os membros do grupo guerrilheiro. "Um novo poder, uma nova Colômbia, objetivamente pode abrir suas asas a partir de uma Frente Ampla, que reúna nesse estratégico objetivo, a todos os processos e lutas, e sonhos de um novo país", completaram.

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As Farc assinalaram que "não basta apenas que só nós acreditemos no fim do conflito, senão que o inimigo de classe se veja obrigado por uma grande correlação de forças favoráveis à saída política, e aceitar essa nova realidade". Segundo eles, isto só pode ser conseguido com a luta e a unidade do povo e com uma ampla solidariedade internacional.

Através da mensagem dedicada “aos povos do mundo”, as Farc enviam um “revolucionário e bolivariano cumprimento de fim de ano" a todos.

Ao referirem-se a sua luta, as Farc apontaram que "por imposição de um regime violento e excludente nos vimos na inevitável obrigação de assumir a luta armada, para levar adiante essa justa guerra de resistência, por paz com justiça social, democracia real e soberania, que já se estendeu por meio século".

O texto diz ainda que “as condições objetivas para a superação dessa etapa histórica estão dadas. Falta que a subjetividade atue criativamente para acelerar as mudanças que os oprimidos devemos produzir. O socialismo segue sendo o destino de justiça da humanidade".

“Não fazemos a guerra pela guerra em si”, afirmaram e concluíram: “Se o inimigo entende que é impossível derrotar militarmente uma guerrilha aninhada no coração do povo, reconhece o oponente político, e realiza profundas reformas nas estruturas caducas, então sim é possível falar de se encerrar o conflito armado”.

Da redação do Vermelho,
Com informações da Prensa Latina