O Irã dialoga, mas não aceita exigências ilegítimas

Se o Irã se senta à mesa de diálogos, os países estrangeiros não devem crer que têm o caminho livre para apresentar as suas expectativas ilegítimas.

Foi assim que nesta quinta-feira (26) o presidente da Assembleia Consultiva Islâmica do Irã, Ali Lariyani, advertiu os países estrangeiros aos quais recomendou que esqueçam seus enganos na hora de dialogar com o país persa.

O chefe do Poder Legislativo iraniano criticou também os comentários ofensivos de alguns países como os Estados Unidos sobre o Irã atribuindo esta atitude ao medo que as superpotências têm do espírito de sacrifício dos iranianos.

O Irã e as seis potências mundiais (Estados Unidos, Reino Unido, Rússia, França e China, mais a Alemanha) chegaram a um acordo provisório em novembro último sobre o programa nuclear iraniano, o qual impede que o Ocidente imponha novas sanções anti-iranianas durante seis meses a contar da data do acordo.

Mesmo assim, o Senado dos Estados Unidos, apoiado pelo lobby sionista, não parou de tentar impor novas sanções contra o Irã para obstaculizar a aplicação do acordo nuclear de Genebra.

Ao abordar o tema da Síria, o presidente do parlamento iraniano reiterou uma vez mais a postura do Irã sobre a “manobra” montada pelo Ocidente a respeito da participação ou não do Irã na próxima Conferência Genebra 2 sobre a crise da Síria.

“Eles discutem se vão convidar ou não o Irã aos diálogos, enquanto o Irã não tem nenhum interesse especial no assunto, já que o tumulto que está arrasando a Síria não será apaziguado com esses diálogos", assegurou.

Ao mencionar o tema, Lariyani também assinalou o papel do Irã no estabelecimento da paz na região e a oposição do país persa a qualquer tipo de intervenção militar no país árabe.

A Conferencia Genebra 2 vai ser realizada em 22 de janeiro na cidade suíça de Montreux com a finalidade de encontrar uma solução para a crise da Síria, que se desenvolve desde 2011.

Os informes indicam que as potências ocidentais e seus aliados regionais -especialmente Catar, Arábia Saudita e Turquia – apoiam os homens armados que operam no território sírio.

Segundo a Organização das Nações Unidas, mais de 115 mil pessoas perderam a vida e milhões foram desalojadas por esta violência terrorista.

Hispan TV