Maduro muda ministérios e reforça a segurança na Venezuela
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta quinta-feira (9) mudanças e designou novos ministros para as áreas de Educação Básica, Educação Universitária, Indústria, Juventude, Esportes, Trabalho e para o escritório da Presidência. Segundo informações da AVN, todos os ministros colocaram seus cargos à disposição “para facilitar a renovação do governo neste ano que se inicia”.
Publicado 10/01/2014 10:53
O anúncio aconteceu em Caracas, durante encontro com o Movimento Pela Paz e a Vida, e foi transmitido em rede nacional. Nicolás Maduro ressaltou que as mudanças fazem parte de uma renovação que irá ajudar a revolução bolivariana.
O líder venezuelano designou o general Wilmer Barrientos para o Ministério do Poder Popular para a Indústria. Nas palavras de Maduro, o novo ministro “é um filho do comandante Hugo Chávez” e deve “impulsionar os investimentos e o desenvolvimento econômico do país”.
O então dirigente da pasta, Ricardo Menéndez, passa a ser o novo ministro da Educação Universitária. O Ministério de Educação, por sua vez, será assumido por Héctor Rodríguez, que manterá o posto de vice-presidente da área social. Para Maduro, “a principal tarefa é alinhar as carreiras universitárias com as necessidades econômicas do país”.
O Ministério da Juventude passa a ser comandado por Víctor Clark, “um companheiro que vem da Assembleia Nacional”, disse Maduro, que completou o anúncio dizendo que “a principal tarefa do ministro será entrar nas comunidades para buscar os jovens”. O presidente pediu ainda que os esforços pela mobilização da juventude sejam redobrados: “É preciso bater nas portas dos moradores das comunidades”.
Para Esportes, ministério dirigido anteriormente pela esgrimista Alejandra Benítez, o chefe de Estado designou o ex-jogador de beisebol e cantor, Antonio “El Potro” Álvarez, que foi candidato a prefeito de Sucre, em Caracas, nas passadas eleições municipais. “Convidei Antonio Álvarez para que assuma o cargo e que o esporte seja sempre um instrumento de paz”, afirmou Maduro.
Ele pediu para que o novo ministro do Esporte foque sua gestão na “massificação do esporte”. Segundo o líder bolivariano, é necessário “levar o esporte para todas as comunidades e escolas. Que o esporte seja um instrumento para incorporar a juventude a trabalhar pela pátria”.
Já o escritório da Presidência será assumido por Hugo Cabezas. “Decidi nomear a um homem que conheci há muitos anos nas lutas estudantis e sociais, por sua experiência organizativa e sua capacidade de trabalho”, informou Maduro em cadeia nacional de rádio e televisão.
O presidente venezuelano disse ainda que a ministra do Trabalho, María Cristina Iglesias, agora irá desempenhar funções como secretária executiva da comissão presidencial para organizar o Congresso do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV). “Por sua grande capacidade de pensamento, de criação e de sistematização”, disse ele, que emendou um elogio: “Foi uma extraordinária ministra para o trabalho”.
Sendo assim, o Ministério do Trabalho será conduzido por Jesús Martínez, que foi qualificado por Maduro como um “homem excepcional”. O novo membro do governo fazia parte da equipe de advogados do comandante Hugo Chávez, foi chefe político da Liga Socialista da Venezuela e reitor da Universidade Bolivariana de Trabalhadores.
Para o mandatário do país, é importante que esse ministério enfoque a educação da classe operária para a construção do socialismo. “É a principal tarefa. Superar as correntes anarquistas do movimento operário venezuelano”, concluiu Maduro, que pediu ainda que “todos os sindicatos se integrem a esta tarefa”.
Reforço na segurança
O presidente também renovou nesta quinta-feira (9) os cargos de dirigente dos serviços secretos e da Inteligência Militar. Manuel Gregório Bernal Martínez foi designado diretor do Serviço Bolivariano de Inteligência. O general Hernández Salas será o chefe da direção de Inteligência Militar e o coronel Jesus Salazar o diretor da Casa Militar – encarregada da segurança presidencial.
Nicolás Maduro exortou a necessidade de que as instituições e organizações sociais exerçam a máxima disciplina e o máximo esforço para garantir a segurança dos cidadãos da Venezuela. “Os corpos policiais devem ter uma disciplina militar, máxima coesão, máximo esforço, máxima entrega”, disse.
Ele afirmou também que avançar na economia, na política e nas questões sociais “não teria o menor sentido se não for superado o grave problema de antivalores (do capitalismo) que gera a violência e a violência gera morte”.
“Diante da guerra social e da decomposição da ambição e do individualismo, façamos um plano de paz. Nossa guerra é a paz. Máxima autoridade às instituições do Estado”, ressaltou Maduro em seu pronunciamento.
Assim, o chefe de Estado informou que espera concluir, até o próximo dia 8 de fevereiro, um Plano de Pacificação Nacional. “Trata-se de trazer a paz aos lares, às comunidades, às cidades, aos povos e a toda a Venezuela”, disse.
Théa Rodrigues, da Redação do Vermelho,
Com informações da AVN