Juiz que suspendeu cassação de prefeito de Bogotá é ameaçado

O juiz colombiano que suspendeu a decisão que destituía e desabilitava o prefeito de Bogotá, Gustavo Petro, pediu proteção para ele e sua família por estar sendo ameaçãdo, informou nesta terça-feira (21) uma fonte judicial à agência EFE.

Procuradoria confirma destituição de prefeito de Bogotá - EFE

O juiz José María Armenta, do Tribunal Administrativo de Cundinamarca, disse que recebeu ameaças, por isso reivindicou proteção, afirmou o presidente dessa corte, Carmelo Perdomo, à rádio colombiana Caracol.

No dia 14 de janeiro, Armenta aceitou um recurso de amparo, conhecido na Colômbia como tutela, que suspende provisoriamente a decisão de destituição e inabilitação por 15 anos de Petro, que foi ditada pelo procurador-geral do país Alejandro Ordóñez.

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Petro é acusado de má gestão em uma crise ocorrida em 2012 por problemas na coleta de lixo. A cidade ficou tomada pelo lixo após dificuldades para a implantação de um novo sistema de coleta por parte da prefeitura. O prefeito tentou reestatizar o setor na capital, entregando o contrato do serviço a uma empresa pública, impedido a livre competição entre as quatro empresas que administram o lixo na cidade.

Por isso, acabou sendo investigado pela procuradoria e cassado em uma decisão do procurador-geral do país, Alejandro Ordoñez, conhecido por manifestar posições políticas conservadoras, se posicionando contra o aborto, os direitos dos LGBT e se opondo ao do processo de paz que está tomando forma em Havana entre as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e o governo.


Segundo a Constituição, a Procuradoria Geral exerce na Colômbia o Ministério Público e o controle disciplinar dos funcionários do Estado, inclusive os de eleição popular, e representa à sociedade, sem competência penal.

Da redação do Vermelho,
Com informações da agência EFE