Colômbia: Bogotanos vencem e destituição de prefeito é suspensa
Os bogotanos conseguiram suspender a decisão do procurador colombiano que destituiu o prefeito de Bogotá, Gustavo Petro, e o desabilitou por 15 anos. Petro classificou a decisão como uma "vitória democrática" contra a "tirania" a sua suspensão. O juiz José María Armenta entendeu que a destituição do prefeito pela má gestão do esquema de coleta de lixo na cidade viola o direito ao voto de seus eleitores e suspendeu de forma transitória a sanção.
Publicado 24/01/2014 16:41

No dia 14 de janeiro um tribunal administrativo colombiano havia suspendido temporariamente os efeitos da sentença proferida pelo procurador.
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Os cidadãos de Bogotá entraram com mais de 300 tutelas para derrubar a decisão do procurador por considerá-la exagerada e inconstitucional. Desde a decisão, em 9 de dezembro, milhares de pessoas saíram às ruas contra a medida.
"Temos uma vitória democrática transitória, mas valiosa. A Justiça e o povo impedem a tirania. Viva a paz e a democracia", disse Petro em sua conta do Twitter.
Tenemos una victoria democrática transitoria pero valiosa. La Justicia y la Multitud detienen la Tiranía. Viva la Paz y la Democracia.
— Gustavo Petro (@petrogustavo) January 23, 2014
Álvaro Orjuela, representante do movimento M-19 disse à Agência Oficial de Notícias da China (Xinhua) que estas tutelas homenageiam a democracia: “Isso significa que todos temos um direito de eleger e ser eleito, nós depositamos a nossa confiança na democracia e a democracia é a possibilidade de que o prefeito que elegemos popularmente se mantenha. Esperamos somente que a Constituição seja respeitada”, afirmou.
O prefeito de Bogotá, eleito por votação popular, foi destituído pelo procurador-geral, Alejandro Ordóñez, por suposta má gestão de uma crise na coleta de lixo da cidade em dezembro de 2012, mas a sentença ainda não se tornou efetiva.
Enquanto o processo avança na Justiça, Petro ainda precisa passar por uma consulta popular, provavelmente no dia 2 de março, para validar ou revogar seu mandato.
Com informações do Terra e da Agência Xinhua