Morales diz confiar em Bachelet para um acordo sobre saída ao mar

O presidente da Bolívia, Evo Morales, afirmou nesta terça-feira (28) que espaços de integração como a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) são fundamentais para alcançar um nível maior de cooperação entre os países da região. O mandatário se encontra em Cuba, onde participa da 2ª Cúpula do bloco regional. 

Morales diz confiar em Bachelet para um acordo sobre saída - Ladyrene Pérez/ Cuba Debate

Em uma coletiva de imprensa realizada na sede do evento de integração latino-americana, Morales comentou que o término da Zona de Desenvolvimento Especial do Porto de Mariel – inaugurada nesta segunda-feira pelos presidentes de Cuba e do Brasil, Raúl Castro e Dilma Rousseff, respectivamente – “é um exemplo da solidariedade e complementação de nossos povos”.

“São grandes projetos com a participação de nossas empresas e governos. São investimentos compartilhados que priorizam o comércio justo entre os povos”, disse o chefe de Estado boliviano.
Morales também falou sobre a decisão da Corte Internacional de Haia sobre a disputa marítima entre Chile e Peru. Nesta segunda-feira, o organismo concedeu ao Peru parte do Oceano Pacífico que estava sob controle do Chile. Para o presidente, “a determinação não afeta, nem limita a causa boliviana, nem nenhuma das possibilidades que já foram consideradas em relação à integração marítima da Bolívia”.

Acompanhe aqui a cobertura completa do Vermelho sobre a Celac

Segundo ele, o governo e o povo de seu país continuam tendo esperança de recuperar a saída ao mar – demanda que os bolivianos mantêm com o Chile. “Não podemos seguir nos enfrentando eternamente”, disse Morales, que expressou seu desejo de que a próxima presidenta chilena, Michelle Bachellet, possa ajudar a resolver esta “ferida” entre seus governos.

Morales e Bachelet, durante a sua primeira gestão de governo, impulsionaram a denominada diplomacia dos povos, o que permitiu uma aproximação bilateral bilateral, além das esferas governamentais, paralelamente ao debate de uma agenda de 13 pontos que incluía o tema marítimo. Contudo, a diplomacia dos povos não seguiu adiante com o atual presidente chileno, Sebastian Piñera e a Bolívia optou por demandar o território ante a Haia.

Théa Rodrigues, da redação do Vermelho,
Com informações do Cuba Debate e La Razón